O dólar opera em alta no mercado doméstico, atingindo máxima acima de R$ 3,19, alinhado ao exterior em meio à queda das commodities e dúvidas sobre a tramitação das reformas no Congresso - previdenciária na Câmara e trabalhista no Senado.
Os investidores estão atentos aos desdobramentos da reunião desta quinta-feira (4) da comissão especial da reforma da Previdência que deve decidir quando irá retomar a votação dos destaques ao texto, uma vez que a sessão foi interrompida após a aprovação do parecer do relator, na noite desta quarta-feira (3).
Os negociadores do governo já trabalham com a perspectiva de que terão que fazer novas concessões para conseguir aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara, onde são necessários 308 votos. No caso da reforma trabalhista, as discussões no Senado devem durar mais 30 dias.
"A percepção do mercado é que o governo não vai ter vida fácil para aprovar a reforma da Previdência na Câmara", afirma o diretor da Correparti, Jefferson Rugik. Segundo ele, o dólar também ganha de todas as divisas emergentes e ligadas às commodities em função da possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) aumentar os juros em junho, fator que eleva expectativas sobre o relatório de emprego ("payroll") nos EUA que será divulgado nesta sexta-feira (5).
O dólar à vista tinha valorização de 0,76% às 9h40 desta quinta-feira, a R$ 3,1828, após atingir máxima a R$ 3,1903 (+1,01%). O dólar futuro para junho avançava 0,53%, a R$ 3,2035, no mesmo horário.