O comerciante brasileiro ficou mais otimista na passagem de abril para maio, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 2,7%, alcançando 103 pontos no mês de maio.
O resultado confirma o indicador na zona positiva alcançada no mês anterior, acima dos 100 pontos da zona de indiferença. Na comparação com maio do ano passado, a confiança dos comerciantes obteve a maior taxa positiva da série histórica do indicador, um salto de 30%.
"Os últimos resultados do índice mostram que os comerciantes começam a enxergar sinais de retomada lenta e gradual das vendas, em um cenário de desempenho mais favorável da atividade do comércio, que esperamos que se consolide na segunda metade de 2017", avaliou a economista Izis Ferreira, da Divisão Econômica da CNC, em nota oficial.
O subíndice da pesquisa que mede a percepção dos comerciantes sobre as condições correntes chegou a 71,3 pontos, um aumento de 74,8% na comparação com maio de 2016. Em relação a abril, a alta foi de 7%.
A percepção dos varejistas quanto às condições atuais da economia melhorou 9,4% em maio ante abril. Houve avanços também em relação ao desempenho do comércio (+7,6%) e ao da própria empresa (+5%).
Ao mesmo tempo, diminuiu a proporção de comerciantes que avaliam as condições econômicas atuais como piores: 71,2% dos varejistas dizem que a economia piorou em maio, porcentual abaixo do observado em abril (71,7%) e em maio do ano passado (93,9%).
Único item na zona positiva (acima dos 100 pontos), o subíndice que mede as expectativas do empresário do comércio alcançou 149,2 pontos em maio, alta de 1,8% em relação a abril. Na comparação com maio do ano passado, o crescimento foi de 22%.
A expectativa quanto ao desempenho da economia permanece melhorando: na avaliação de 81,4% dos entrevistados, a economia vai evoluir favoravelmente nos próximos seis meses.
Em maio, o subíndice que mede as condições de investimento do comércio registrou aumento de 2,3% na passagem de abril para maio, alcançando 88,5 pontos. Houve avanços nas intenções de investimento nas empresas (+3,2%), na contratação de funcionários (+2,7%) e em estoques (+1%).
Na comparação com maio de 2016, o subíndice de investimentos cresceu 18,6%, com aumentos na intenção de contratação (+32,4%), de investimentos em estoques (+2,8%) e nas empresas (+21,7%).