A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar o ano em 238,6 milhões de toneladas, ou seja, 29,2% maior do que a obtida em 2016, que havia sido de 184,7 milhões. A estimativa é do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, feita em maio deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Levantamento é uma pesquisa do IBGE que mensalmente projeta o desempenho das principais lavouras brasileiras no final do ano. Esta quinta estimativa do ano, feita em maio, projeta um crescimento 2,4% superior ao estimado na quarta pesquisa, feita em abril.
Segundo o IBGE, as três principais lavouras de grãos do país deverão ter crescimento neste ano: soja (17,2%), arroz (14,7%) e milho (52,3%). Dezesseis dos 26 produtos pesquisados pelo IBGE deverão seguir na mesma tendência.
Além dos três produtos, deverão ter aumento de produção feijão 1ª safra (40,6%), feijão 2ª safra (33,9%), café canephora (26,7%), cacau (10%), algodão herbáceo (7,3%), amendoim 2ª safra (38,1%), cevada (16,1%), cebola (1,4%) e batata-inglesa 1ª (4,2%) e 2ª safras (0,7%).
Entre os dez produtos com queda na produção estão a cana-de-açúcar (-0,3%), o café arábica (-14,8%), a mandioca (-13%), o trigo (-9,5%), a laranja (-7,8%), o feijão 3ª safra (-2%) e a batata-inglesa 3ª safra (-5,8%).
A área colhida deve ficar em 60,9 milhões de hectares, 6,7% a mais do que em 2016. As três principais lavouras deverão ter alta: 2,1% na área da soja, de 17,2% na área do milho e 3,9% na área de arroz.
O Brasil fechou o segundo semestre de 2016 com uma capacidade de armazenagem agrícola de 168 milhões de toneladas. Com isso, a capacidade de guardar esses alimentos cresceu 0,9% em relação ao primeiro semestre do ano, segundo dados divulgados pelo IBGE.
Os principais locais de estocagem de itens agrícolas foram os silos, que alcançaram a capacidade de armazenamento de 77,3 milhões de toneladas, 3,2% a mais do que no primeiro semestre. Já os armazéns graneleiros atingiram 64,3 milhões de toneladas, 0,2% a mais do que no semestre anterior.
Os armazéns convencionais, estruturais e infláveis somaram 26,5 milhões de toneladas, o que representou queda de 3,6% em relação ao primeiro semestre de 2016.
Em relação ao número de estabelecimentos ativos, houve um leve acréscimo de 0,1%, ao passar de 7.818 no primeiro semestre para 7.829 no segundo semestre.
Em 31 de dezembro de 2016, o maior estoque nas unidades armazenadoras era de milho em grão (8,4 milhões de toneladas), o que, apesar disso, teve uma queda de 16,7% no volume estocado em comparação à mesma data no ano anterior, por conta da queda na produção da segunda safra do produto.
A estocagem de soja em grão cresceu 97,4% no período, chegando a 6,3 milhões de toneladas. O trigo em grão apresentou um acréscimo de 20,8% nos estoques, enquanto o café teve alta de 17%.