Líderes do Senado já assumem que votação da reforma trabalhista deve ficar para a segunda semana de julho. Para evitar confrontos com a oposição e buscar apoio mais consistente na base, a votação, que poderia acontecer na próxima quarta-feira, deve ser adiada.
"Estamos trabalhando com a data de 12 de julho, não deve ser votado antes disso", afirmou o presidente do Democratas, José Agripino (RN). Outros líderes da base confirmaram a informação.
O líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), também afirmou que a oposição tem buscado entendimentos com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Para os oposicionistas, o ideal é adiar a votação na esperança de que fatos novos contra o governo apareçam em investigações e enfraqueçam a base.
"Temos bom diálogo com o presidente Eunício e estamos construindo um entendimento para que a oposição não seja atropelada. Não acredito que essa votação aconteça na próxima semana", disse Lindbergh.
Na sessão de quinta-feira, Eunício adiou a votação do requerimento de urgência para o projeto da reforma trabalhista para a próxima terça-feira, 4. Se todos os prazos forem cumpridos, o projeto poderia ser votado já no dia seguinte. O presidente do Senado afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que ainda não definiu a data da votação.