Os juros futuros fecharam a sessão regular desta segunda-feira (11) em alta, refletindo essencialmente um movimento de realização de lucros, após a forte queda de taxas vista ao longo da semana passada. Profissionais da área de renda fixa identificaram principalmente investidores estrangeiros à frente deste movimento, que ficou mais evidente nos contratos de longo prazo. Na última hora dos negócios, o dólar inverteu a queda e passou a subir, o que deu um pouco de força à correção.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 (372.760 contratos) encerrou em 7,68%, de 7,62% no último ajuste; a taxa do DI para janeiro de 2021 (145.030 contratos) terminou na máxima de 8,99%, ante 8,91% no último ajuste; e o DI para janeiro de 2023 (44.860 contratos) subiu de 8,52% para 9,61% (máxima).
De acordo com os especialistas, a alta é de caráter técnico e não representa mudança na perspectiva positiva em relação aos fundamentos nem da melhora do ambiente político ou do exterior.
"O dia hoje é de correção, já que as taxas vinham caindo bastante desde o encontro do Copom (Comitê de Política Monetária), mas o ambiente segue muito favorável", disse o trader da Quantitas Asset Matheus Gallina, lembrando que os agentes continuam confiantes na votação da reforma da Previdência este ano.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou em sua conta no Twitter que as discussões sobre a reforma foram retomadas. "A expectativa é que a reforma seja votada no Congresso em outubro", escreveu o ministro, repetindo o que havia falado no domingo (10) à imprensa.
O dólar passou a subir e a renovar máximas perto das 16 horas, refletindo a forte atuação de importadores na medida em que a queda do preço da moeda, no patamar de R$ 3,08, atraiu compras. Às 16h35, o dólar avançava 0,28%, aos R$ 3,1017, no segmento à vista.