Taxas futuras de juros sobem com o dólar forte

Em meio à cautela internacional, os ajustes acompanham a alta externa do dólar
Estadão Conteúdo
Publicado em 08/05/2018 às 10:15
Em meio à cautela internacional, os ajustes acompanham a alta externa do dólar Foto: Foto: Arquivo/JC Imagem


Os juros futuros seguem em alta nesta segunda-feira, na esteira do dólar forte e que atingiu máximas acima dos R$ 3,560 pela manhã. Os ajustes acompanham a alta externa da moeda americana, que reflete cautela antes do anúncio da decisão dos Estados Unidos se permanecerão ou não no acordo nuclear com o Irã, o que poderá ser anunciado às 15h (no horário de Brasília). A queda do petróleo adiciona pressão também.

Com o novo avanço da moeda americana, alguns players de renda fixa já se questionam se o Copom, que se reúne na próxima semana, vai fazer mais um corte de 0,25 ponto porcentual na Selic, para 6,25%. A maioria ainda aposta que sim. Parte dos profissionais, porém, diz que se o choque cambial persistir, o Banco Central pode ter de antecipar o ciclo de aperto monetário e oferecer linha de dólar com recompra, além de swap cambial.

Além disso, o IGP-DI acima do teto das projeções é notícia negativa para os negócios. O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna registrou alta de 0,93% em abril, ante um aumento de 0,56% em março, acima do teto das estimativas do Projeções Broadcast, que iam de uma alta desde 0,53% a 0,80%, com mediana positiva de 0,63%.

No radar também está a Operação Déjà Vu, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira, e que volta a colocar o partido do presidente da República, o MDB, mais uma vez na mira da Operação Lava Jato. Na segunda, 7, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa do presidente Michel Temer para arquivar as investigações que apuram suspeitas de irregularidades em torno do decreto dos Portos. O ministro atendeu ao pedido da Polícia Federal e prorrogou a apuração por 60 dias.

Às 9h43 desta terça, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2020 indicava 7,22%, após bater máxima em 7,23%, ante 7,13% no ajuste de segunda. O DI para janeiro de 2021 estava a 8,23%, ante máxima em 8,24%, de 8,16% no ajuste de ontem. E o DI para janeiro de 2023 estava a 9,39%, após máxima em 9,41%, de 9,33% no ajuste da véspera. No câmbio, o dólar à vista subia 0,26%, aos R$ 3,5613. O dólar futuro para junho estava em alta de 0,27%, aos R$ 3,5690.

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