Produtores de fruta estimam R$ 570 milhões em prejuízos com a paralisação dos caminhoneiros

Produtores do Vale do São Francisco contabilizaram o custo após o oitavo dia de greve dos caminhoneiros
JC Online
Publicado em 28/05/2018 às 18:40
Produtores do Vale do São Francisco contabilizaram o custo após o oitavo dia de greve dos caminhoneiros Foto: Foto: Cortesia/ Whatsapp


Produtores de fruta do Vale do São Francisco contabilizaram um total de R$ 570 milhões de prejuízo após o oitavo dia de greve dos caminhoneiros. A conta foi apresentada na tarde desta segunda-feira (28) pelo presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira.

Segundo o representante, a paralisação vem atingindo fortemente o setor, que deixou de comercializar, nesta semana, 40 mil toneladas de uvas e 60 mil toneladas de mangas, além de mais 200 mil toneladas de outras frutas, a exemplo de acerola, banana, coco e mamão para os mercados interno e externo .

 “Com todo esse tempo de paralisação, nossas câmaras frias já estão com a ocupação esgotada, não oferecendo mais espaço para o armazenamento das frutas colhidas recentemente. O resultado são pomares e mais pomares com frutas apodrecendo no campo”, lamentou.

Jailson advertiu ainda que 80% da safra a ser colhida esta semana poderá ficar comprometida por falta de mercado. “Além de termos cancelados todos os novos pedidos do mercado interno, outro agravante é a falta de combustível para os tratores e pulverizadores, o que pode ocasionar a perda das safras de exportação de setembro e outubro”, pontuou.

Produtores reconhecem legitimidade do movimento

Ao final da reunião, os produtores assinaram um documento, onde reconhecem a legitimidade do movimento dos caminhoneiros, “por que também sentem o alto custo do diesel na atividade agrícola” e solicitam dos poderes competentes a agilização das negociações, liberação das estradas e acessos aos portos, além da agilização dos documentos de liberação das frutas, a exemplo da Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV).

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