O aumento nos preços dos combustíveis, acompanhando a política de reajustes de preços da Petrobras, tem pesado na inflação oficial do País nos últimos 12 meses. O grande vilão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos 12 meses foi a gasolina, com um aumento nas bombas de 21,48%, o equivalente a 0,81 ponto porcentual da taxa de 2,86% acumulada pelo IPCA no período.
O diesel subiu 19,78% em 12 meses, mas pesa menos na inflação ao consumidor, por isso o impacto se limitou a 0,03 ponto porcentual.
O gás de botijão ficou 13,04% mais caro em 12 meses, uma contribuição de 0,16 porcentual para a inflação do período. O Gás Natural Veicular (GNV) aumentou 13,84%, impacto de 0,02 ponto porcentual.
A gasolina e o diesel puxaram a alta de 1,38% registrada pela inflação de preços monitorados em maio, ao lado do item energia elétrica. Em 12 meses, a energia elétrica ficou 3,97% mais cara, uma influência de 0,14 ponto porcentual sobre o IPCA.
A inflação de bens e serviços monitorados pelo governo acumulada em 12 meses ficou em 8,15% em maio.
Segundo o IBGE, a gasolina ficou 3,34% mais cara em maio, o que resultou também no maior impacto sobre a inflação do mês, o equivalente a 0,15 ponto porcentual da taxa de 0,40% registrada pelo IPCA. O óleo diesel subiu 6,16% no IPCA de maio, mas com impacto de apenas 0,01 ponto porcentual.
Já o etanol caiu 2,80%, um impacto negativo de 0,03 ponto porcentual.
As passagens aéreas também contribuíram para conter a inflação no mês. As tarifas aéreas recuaram 14,71% em maio, uma contribuição negativa de 0,05 ponto porcentual para o IPCA.
"A passagem aérea foi o maior impacto negativo", ressaltou Fernando Gonçalves, gerente na Coordenação de Índices de Preços do IBGE.
Os gastos das famílias com Transportes passaram de estabilidade em abril (0,00%) para avanço de 0,40% em maio.