Alckmin cita Trump e defende reduzir imposto de renda para pessoa jurídica

O presidenciável prometeu fazer todas as reformas necessárias para recuperar a situação fiscal do país, se for eleito
Estadão Conteúdo
Publicado em 04/07/2018 às 12:04
O presidenciável prometeu fazer todas as reformas necessárias para recuperar a situação fiscal do país, se for eleito Foto: EVARISTO SA / AFP


O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, citou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao defender nesta quarta-feira, 4, uma redução no imposto de renda para pessoa jurídica. A proposta gerou aplausos de uma plateia formada basicamente por representantes da indústria, em evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília.

"Vou reduzir o imposto de renda da pessoa jurídica. Veja que nos EUA o presidente Trump reduziu o imposto corporativo. Temos de estimular novos investimentos. Venha para cá. Para investir. Quem vai se beneficiar com isso é a dona Maria e o seu José, com preços mais baixos", defendeu o tucano.

Alckmin também utilizou os Estados Unidos como referência ao falar do spread bancário no Brasil. "Por que o spread no Brasil é quatro vezes o spread no mundo? O que cabe ao governo é garantir competir leal. Os Estados Unidos têm 5 mil bancos, (nós) temos 30 ou 40 (bancos), é um modelo concentrado. Precisa abrir mais, trazer mais players, outras formas de crédito, abrir o mercado. Não tem uma medida que funcione como bala de prata. O conjunto de medidas vão melhorar a produtividade", argumentou.

Alckmin aproveitou o tema para criticar o momento protecionista do mercado internacional. Por conta disso, falou que irá defender o produto brasileiro por "terra, mar e ar". "(Sobre) acordos comerciais, vamos defender o produto brasileiro por terra, mar e ar, num momento em que o mundo está tendo um momento protecionista equivocado. Pretendo também abrir uma negociação com o TPP (Trans-Pacific Partnership), os 11 países", disse.

Reformas

O pré-candidato tucano voltou a dizer que irá aproveitar os seis primeiros meses (caso seja eleito) para fazer todas as reformas necessárias para recuperar a situação fiscal do País. "Fomos buscar os melhores economistas da academia e do setor produtivo para fazermos as reformas. O Brasil tem tudo para se recuperar com uma boa agenda de reformas. Nós vamos fazer uma grande reforma do estado, reduzindo seu tamanho", enfatizou antes de citar ainda a reforma tributária como uma de suas prioridades. "Temos um verdadeiro manicômio tributário, este País é o paraíso dos tributaristas".

O objetivo do encontro promovido pela CNI é a entidade apresentar a todos os presidenciáveis propostas do setor para as eleições deste ano. Os candidatos, por sua vez, terão a oportunidade de debater as sugestões e falar de medidas que adotariam em seus governos para aumentar a produtividade das empresas e estimular o crescimento da economia.

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