O presidente Michel Temer se reuniu com o presidente do México, Enrique Peña Nieto, na cidade mexicana de Puerto Vallarta, e tratou da expansão nas relações comerciais entre os dois países. Temer saiu do encontro otimista, mas nenhum acordo a esse respeito foi firmado ainda. Temer está no México para participar da 1ª Reunião de Presidentes do Mercosul e da Aliança do Pacífico.
“As relações México-Brasil, que já são mais do que razoáveis, estão sendo intensificadas por essa conversa que estamos tendo, especificamente no tocante às relações comerciais”, disse Temer, ao sair do encontro.
Dentre os assuntos abordados, está a possibilidade de o México exportar feijão para o Brasil que, por sua vez, exportaria arroz para os mexicanos. Além disso, Temer pediu para que o México aumente o limite de entrada dos frangos produzidos no Brasil. “Nós temos uma cota de frangos de 300 mil toneladas. E eu pedi que examinasse a possibilidade de aumentar essa cota, já que estamos atingindo a cota no presente momento. Então esta matéria ficou de ser examinada”.
O mandatário mexicano não assumiu nenhuma proposta com o Brasil, pois vai conversar antes com os demais integrantes do Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), bloco formado com Estados Unidos e Canadá. “Ele pediu que aguardássemos até agosto para que, depois das reuniões com Estados Unidos, Canadá, etc, eles possam conversar mais objetivamente com o nosso país”, explicou Temer.
Temer e Peña Nieto assinaram um acordo de cooperação aduaneira entre os dois países, chamado Acordo sobre Cooperação e Assistência Administrativa Mútua em Assuntos Aduaneiros. O presidente brasileiro passou o dia no México para conversar com Peña Nieto e participar de um jantar com chefes de Estado da Aliança do Pacífico – bloco formado por Chile, Peru, Colômbia e México.
O presidente do Uruguai, atual presidente do Mercosul, também estava presente. Representantes dos dois blocos farão uma reunião nesta terça-feira (24), em evento que ocorre paralelamente à 13ª edição da Cúpula da Aliança do Pacífico.
A possibilidade de acordo entre a Aliança e o Mercosul se intensificou a partir de 2014, quando foram adotadas medidas de facilitação das trocas comerciais entre os países da região. Desde então, já foram removidas várias barreiras tarifárias e regulatórias ao comércio entre os integrantes dos blocos, além de facilitação de cooperação aduaneira e a interação de empresas, principalmente de pequeno e médio porte.
Após as reuniões desta terça-feira, Temer deixa o México. Fará uma parada em Brasília, mas a previsão é que siga ainda no mesmo dia para Joanesburgo, na África do Sul, para o encontro do Brics, bloco formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul.