O presidente Michel Temer afirmou hoje (27) que será inaugurado “em breve” um centro de treinamento da fabricante brasileira de aviões Embraer, em Joanesburgo, na África do Sul.
Ele declarou que o novo centro contará com equipamentos modernos e formará milhares de profissionais por ano na África. “Será importante investimento da Embraer em favor da capacitação de profissionais em áreas de vanguarda, em favor da tecnologia e da inovação”, disse o presidente, depois de participar da última reunião da 10ª Cúpula do Brics, em Joanesburgo.
Como foi divulgado ontem (26) na declaração conjunta dos chefes de estado do Brics, Temer confirmou que o bloco vai criar um Centro de Pesquisa em Vacinas, que terá sede na África do Sul. Segundo o presidente, o objetivo do centro é “contribuir para a redução da dependência de fabricantes tradicionais de vacinas”.
O presidente disse que em Joanesburgo também foi aberto o Escritório para a África do Novo Banco do Desenvolvimento. O banco do Brics foi inaugurado em 2015, com sede em Xangai, para financiar projetos de infraestrutura de países do bloco e de outras economias em desenvolvimento.
Segundo Temer, já foram aprovados US$ 200 milhões para aprimorar a infraestrutura portuária de Durban, na África do Sul.
O Brics - formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - encerra hoje (27) a 10ª Cúpula, realizada desde a última quarta-feira (25) em Joanesburgo. Na última reunião, Michel Temer se encontrou com presidentes de países africanos e convidados de outras regiões que não compõem o bloco.
Temer enfatizou que a aproximação com a África é uma “prioridade permanente” do Brasil, que está ligado ao continente africano “pela história, pela cultura, pelo sangue”.
Ele destacou que o país já vem adotando medidas de estreitamento das relações econômicas com os africanos, além do apoio para que o Brics seja aliado no desenvolvimento do continente.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o Brics responde por 23% do Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todas as riquezas produzidas no país) e 18,2% do comércio mundial. Em dez anos, o comércio entre os países do bloco evoluiu de US$ 92 bilhões para US$ 288 bilhões.