A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,4% no segundo trimestre, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta terça-feira (31), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou perto do piso da mediana (12,60%) das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 12,30% e 12,80%.
Em igual período de 2017, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 13,0%. No primeiro trimestre, o resultado ficou em 13,1%. No trimestre encerrado em maio, a taxa era de 12,7%.
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.198 no segundo trimestre. O resultado representa alta de 1,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 195,7 bilhões no segundo trimestre, alta de 2,3% ante igual período do ano anterior.
População desempregada soma 12,966 milhões de pessoas
O País tinha 12,966 milhões de pessoas em busca de emprego no segundo trimestre deste ano. Apesar do patamar elevado de desemprego, houve melhora em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Há menos 520 mil desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um recuo de 3,9%. O total de ocupados cresceu 1,1% no período de um ano, o equivalente à criação de 1,001 milhão de postos de trabalho. O contingente de inativos avançou 1,9%, 1,228 milhão de pessoas a mais nessa condição.
Como consequência, a taxa de desemprego passou de 13,0% no trimestre até junho de 2017 para 12,4% no trimestre encerrado em junho de 2018.
O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 53,7% no segundo trimestre deste ano, ante 53,6% no primeiro trimestre. No segundo trimestre do ano passado, o nível de ocupação era também de 53,7%.
O País ganhou 657 mil novos postos de trabalho em apenas um trimestre, enquanto 723 mil pessoas deixaram o contingente de desempregados.
A criação de vagas ficou aquém do total de pessoas que deixaram de procurar emprego, mas a taxa de desocupação não aumentou porque mais 774 mil indivíduos migraram para a inatividade, ou seja, optaram por sair da força de trabalho. A população inativa alcançou o patamar recorde de 65,642 milhões de pessoas no segundo trimestre, dentro da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
No segundo trimestre de 2018, o mercado de trabalho perdeu 79 mil vagas com carteira assinada no setor privado, em relação ao primeiro trimestre, descendo ao menor patamar da série histórica, um total de 32,834 milhões de vagas formais.
O contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado aumentou em 276 mil pessoas e outros 113 mil indivíduos aderiram ao trabalho por conta própria.
O setor público teve aumento de 392 mil postos de trabalho em apenas um trimestre. O emprego como trabalhador doméstico cresceu em 28 mil pessoas.