O dólar abriu esta quinta-feira (20), em firme queda, chegou a marcar R$ 4,09 na mínima intraday mas desacelerou as perdas por volta das 9h15. Assim como aconteceu na quarta-feira (19), a trajetória neste início de sessão deve-se a interpretações diferentes da última pesquisa eleitoral.
O Datafolha divulgou um novo levantamento nesta madrugada. Alguns agentes entendem como mais importante o fato de o crescimento nas intenções de voto do candidato Fernando Haddad (PT) ter sido muito menor do que o observado no último levantamento feito pelo Ibope.
"O importante do Datafolha é que a pesquisa mostrou que não está consolidado o ritmo de crescimento do petista Fernando Haddad, observado no Ibope", afirmou o operador da H.Commcor Cleber Alessie Machado Neto.
Por outro lado, chama atenção a vitória em segundo turno do candidato Ciro Gomes (PDT) em qualquer cenário. O mercado observa de forma reticente as propostas do presidenciável, visto que o economista da campanha Mauro Benevides Filho sinalizou que pretende rever a lei do Teto de Gastos.
No exterior, o dólar segue em queda ante a maioria das emergentes. De acordo com analistas, a moeda tem corrigido altas recentes, diante da menor preocupação com o risco de uma guerra comercial generalizada entre Estados Unidos e China.
O BBH aponta que o dólar tem mostrado fraqueza mesmo em um quadro de elevação nos juros dos Treasuries, mas o banco de investimentos acredita que essa correlação entre os dois mercados deve se restabelecer em breve.
O Dollar Index (DXY) recuava 0,75% às 9h29 desta quinta-feira. Nesse horário, o dólar à vista recuava 0,49% aos R$ 4,1107. Na mínima, foi a R$ 4,0957 (-0,85%). Essa foi a primeira vez que o dólar spot foi abaixo dos R$ 4,10 desde 10 de setembro, quando a moeda fechou a R$ 4,0832 e marcou R$ 4,0534 na mínima intraday. Na máxima, o dólar à vista manteve-se em queda mas marcou R$ 4,1217 (-0,22%). O contrato para outubro recuava 0,38% aos R$ 4,1145.