O comportamento do mercado de câmbio mostra que o investidor ignora a influência externa neste início de sessão desta terça-feira, 2. O dólar abriu e segue abaixo dos R$ 4, numa queda de 1% no mercado à vista. O bom humor também é observado nos mercados de juros e no contrato futuro do Ibovespa
O principal motivo para o dólar descolar-se do exterior numa manhã de alta generalizada é o resultado da pesquisa Ibope divulgada na noite de segunda-feira, dia 1º. O petista Fernando Haddad ficou estagnado em intenções de voto, enquanto Jair Bolsonaro (PSL) cresceu 4 pontos porcentuais. "Bolsonaro cresce no primeiro turno e empata com Haddad no segundo turno", afirma um profissional do mercado cambial. No Nordeste, Bolsonaro cresceu 6 pontos porcentuais, ainda que Haddad siga liderando a preferência na região.
No exterior, "a crise em torno do orçamento italiano volta a impactar negativamente nos mercados em geral", escreveram analistas da LCA Consultores. "Dólar é favorecido neste momento de maior incerteza", diz a nota da LCA.
Às 9h27 desta terça-feira (2), o dólar à vista recuava 1,14% aos R$ 3,9840. O contrato do dólar para novembro recuava 0,70% aos R$ 3,999. No exterior, o dólar subia 0,42% ante o peso mexicano, +0,59% ante o rublo russo, 1,12% ante a lira turca, +1,29% ante o rand sul-africano. O Dollar Index (DXY) avançava 0,30%.