Após adotar uma medida para restringir ainda mais os gastos na pasta, o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, disse nesta quinta-feira, 22, que o governo não cogita alterar a meta que limita o déficit primário deste ano a R$ 139 bilhões. "Pelo contrário, as medidas reforçam a disposição do governo em cumprir a meta fiscal deste ano", complementou o secretário-adjunto da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia, Esteves Colnago.
O Ministério da Economia pretende economizar R$ 366 milhões neste ano com a redução de gastos anunciada nesta quinta na estrutura da pasta.
A medida também prevê o remanejamento de R$ 1,8 bilhão em recursos para as atividades prioritárias do ministério, como os sistemas da Receita Federal e do INSS.
Guaranys disse esperar que o corte de gastos na pasta sirva de exemplo para outros ministérios. "É nossa preocupação constante reduzir os gastos do governo. Mas neste ano precisamos fazer um esforço ainda maior para manter a prestação de serviços à população", completou.
O secretário-executivo do Ministério da Economia repetiu que o governo espera uma melhora na performance da arrecadação de tributos federais no segundo semestre. Ele citou ainda as receitas esperadas com ágios em leilões de concessões marcados até o fim do ano. "Se arrecadar um pouco mais, poderemos pensar em relaxar os limites do orçamento", afirmou.
O secretário de orçamento federal, George Soares, lembrou que diversos ministérios estão lutando para chegar até o fim do ano. "É necessário aguardar arrecadação de agosto para confirmar tendência de alta nas receitas. Os problemas pontuais tem sido endereçados, mas algumas áreas vão precisar de mais limite de gastos já em setembro", acrescentou.