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Confiança do comércio recua 1% em julho, aponta a CNC

Expectativas também são piores em relação à conjuntura macroeconômica
Giovanna Torreão
Publicado em 23/07/2014 às 12:29


Pelo terceiro mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) alcançou um novo piso histórico. O indicador recuou 1% em julho ante junho na série com ajuste sazonal, para 108,4 pontos, informou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta quarta-feira, 23. Houve piora tanto na percepção sobre o momento atual quanto do futuro, e os investimentos acompanharam a tendência de deterioração.

Na comparação com julho de 2013, houve recuo de 7,0% na confiança, a 12ª queda seguida. As perdas se dão em todos os quesitos, com destaque para expectativas (-8,8%), situação atual (-5,9%) e intenção de investir (-5,4%). Dos nove itens pesquisados, seis se posicionaram no menor nível desde o início da pesquisa em 2010, informou a CNC.

Diante do quadro, a Confederação revisou novamente a previsão para as vendas no varejo restrito (sem veículos e materiais de construção). A CNC agora espera aumento de 4,4% no volume de vendas, pouco mais do que o registrado no ano passado (+4,3%).

Deterioração

Sobre as condições atuais, o que mais afeta a confiança do empresário do comércio é a situação da economia. "O crescimento moderado das vendas do comércio e o nível fraco de atividade em geral seguem comprimindo o grau de satisfação dos empresários com as condições correntes do setor e da economia. Para 70,0% dos empresários pesquisados as condições econômicas atuais pioraram nos últimos 12 meses", afirmou a CNC, em nota.

As expectativas também são piores em relação à conjuntura macroeconômica. Na comparação de julho contra junho, este quesito apresentou queda de 3,0%. Também houve deterioração nas avaliações sobre o setor varejista e o próprio negócio.

Nos investimentos, houve redução de 1,2% na intenção de contratar entre junho e julho. Entre os que ainda pretendem aumentar o quadro de funcionários, os dados apontam que as contratações devem ser tímidas. Ampliações estruturais ou de estoques também devem avançar pouco, diante da menor confiança nestes quesitos.

"Além do nível fraco de atividade, o encarecimento do crédito tem desestimulado a concretização de investimentos no setor", explicou a CNC. O Icec busca detectar as tendências das ações empresárias do setor do ponto de vista do empresário. A amostra é composta por aproximadamente 6 mil empresas situadas em todas as capitais do País.

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