A chanceler alemã Angela Merkel considerou nesta quinta-feira (21) que um retorno da Rússia ao G7, que reúne os países mais ricos do mundo, é "inimaginável" neste momento em razão da situação na Ucrânia.
Reiterando sua firmeza e críticas sobre a anexação da Crimeia pela Rússia, ela tentou acalmar a inquietação de Moscou quanto à aproximação da ex-repúblicas soviéticas com o Ocidente, durante um discurso de política geral aos deputados alemães do Bundestag.
"Enquanto a Rússia não respeitar o direito internacional e não agir segundo seus princípios, um retorno ao formato do G8 é inimaginável", ressaltou Merkel, cujo país receberá no início de junho a cúpula do G7 na Baviera (sul), sem a Rússia, que foi excluída do grupo no ano passado após a anexação da Crimeia.
Além disso, a Parceria Oriental "não é um instrumento da política de expansão da União Europeia", garantiu, pouco antes de uma reunião decúpula dos 28 países da UE e seis países da ex-URSS em Riga. "Não devemos criar falsas expectativas que no futuro não poderemos honrar", declarou.
"Devemos ser claros com nossos parceiros do Leste, e faço isso desde agora", acrescentou, evocando "parceiras sob medida" com os diferentes países do ex-bloco comunista, em função de suas particularidades e desejos.
"A parceria oriental não é direcionada contra ninguém, muito menos contra a Rússia. Quero deixar claro e repetir quantas vezes necessário: 'não se trata de escolher entre de um lado uma aproximação com a UE e de outro o desejo da Rússia de uma parceira mais estreita com esses países".