Empresa angolana tem interesse no Porto Digital

Multinacional Angola Cables, que fabrica cabos submarinos, quer fornecer seus serviços de tráfego de dados para o complexo de TI de Pernambuco
Do JC Online
Publicado em 04/10/2015 às 7:00
Multinacional Angola Cables, que fabrica cabos submarinos, quer fornecer seus serviços de tráfego de dados para o complexo de TI de Pernambuco Foto: Edmar Melo/JC Imagem


Fundada em Luanda, em 2009, a Angola Cables, empresa de telecomunicações especializada em operar cabos submarinos para transmissão de dados e voz, está de olho no Porto Digital. O objetivo é vender seus serviços para o complexo pernambucano de tecnologia de informação e comunicação. Na semana passada, executivos da empresa estiveram tanto no Porto Digital quanto no Palácio do Campo das Princesas, onde se encontraram com o governador Paulo Câmara.

“Somos novos nesse mercado e temos como oferecer preços bastante competitivos”, diz o executivo-chefe da empresa angolana, António Nunes. A companhia, que conta com cerca de 100 funcionários, é fruto de um consórcio formado pelas cinco maiores operadoras de telecomunicações de Angola. A estatal Angola Telecom é a principal acionista.

No Brasil, a companhia está investindo, atualmente, cerca de US$ 300 milhões em infraestrutura para as operações em dois projetos. Ambos, tem Fortaleza como ponto de partida. O primeiro consiste na implantação de um megacabo submarino, o South Atlantic Cable System (Sacs), ligando Luanda à capital cearense. O outro projeto é chamado de Monet, que liga Fortaleza a Santos e a Miami. É neste projeto que o Recife surge. A cidade seria contemplada com uma espécie de ramal.

Diretor-executivo do Porto Digital, Leonardo Guimarães conversou com os angolanos e vê o projeto com entusiasmo. “Esta possível ‘perna’ pernambucana seria um diferencial muito interessante, uma alternativa ao tráfego de dados que, hoje, passa obrigatoriamente pelos Estados Unidos.”

No Monet, a Angola Cables tem como sócios o Google, a Antel (Uruguai) e a Algar (Brasil). Sua rota será de mais de 10 mil quilômetros. As negociações com Pernambuco ainda não começaram. Leonardo diz que nos próximos meses vai estruturar dados sobre o Estado para, assim, sentar à mesa com os angolanos.

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