A 73ª edição da Exposição Nordestina de Animais e Produtos Derivados (ENAPD), que será realizada entre os dias 16 e 23 deste mês, deverá entrar para a história do agronegócio pernambucano. O evento marcará o fim do isolamento que o Estado sofreu por 14 anos devido à febre aftosa. Recentemente, Pernambuco foi considerado Zona Livre com Vacinação, o que permitiu a volta de produtores de diversos pontos do País.
Enquanto em 2013 o evento reuniu animais de cinco Estados, este ano estarão presentes 18 unidades da federação, um recorde para a feira. Outro reflexo é que a quantidade de animais de todos os Estados em exposição este ano será de 8 mil cabeças, 60% a mais do que em 2013. O volume de negócios deverá chegar a R$ 50 milhões nesta edição, 40% acima do negociado na anterior.
Esse crescimento foi possível porque, em setembro do ano passado, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Governo do Estado concederam o novo status ao rebanho pernambucano. Em maio deste ano, foi a vez da Organização Mundial de Saúde Animal liberar o Nordeste brasileiro e o sul do Pará como áreas de livre trânsito de animais com vacinação.
“Pela primeira vez teremos que instalar baias móveis para acomodar todos os animais”, comenta o presidente da Sociedade Nordestina de Criadores (SNC), Emanuel Rocha, animado. O Parque Professor Antônio Coelho, no Cordeiro (Zona Oeste do Recife), onde será realizado o evento, tem 360 baias fixas. Durante a feira, funcionarão mais 84 móveis.
Outro ponto destacado por Rocha é que, também pela primeira vez, cinco outras exposições serão promovidas no Parque, paralelas à ENAPD. Os eventos serão de entidades que congregam produtores de raças de gado Sindi e Holandesa e os de caprinos Boer, Santa Inês e Anglo Nubiana.
As oportunidades de negócio da 73ª Exposição de Animais se darão principalmente em 14 leilões de caprinos, ovinos, equinos e bovinos. O dinheiro também circulará entre os 150 estandes de fornecedores de insumos, máquinas e serviços para o setor.