A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) terá que gastar R$ 8 milhões para que 14 pontos de captação da água do São Francisco fiquem imunes à variação da vazão de Sobradinho, que vai voltar a diminuir em junho, segundo o secretário executivo de Recursos Hídricos, Almir Cirilo. “Vamos cobrar esses R$ 8 milhões do Ministério da Integração Nacional, porque a gestão do São Francisco é de domínio da União e foram prejudicados os usuários do sertão pernambucano”, diz.
Com a forte seca que atinge o Estado, praticamente todo o Sertão está sendo abastecido de água a partir dos 14 pontos de captação do Rio São Francisco. Quando as chuvas estão mais normais, uma parte do abastecimento sai das barragens do Sertão e a outra do Velho Chico. “As barragens daquela região estão exauridas”, afirma.
A vazão do lago de Sobradinho vai ficar menor ainda e chegar aos 900 metros cúbicos por segundo entre os dias 10 e 16 de junho e de 950 metros cúbicos no período de 3 a 9 de junho próximos. Atualmente, a vazão varia de 1 mil a 1,1 mil metros cúbicos por segundo. A redução é para aumentar a quantidade de água de Sobradinho usada para irrigar muitas propriedades.
Cirilo argumenta que deveriam ser estabelecidas regras para que a geração de energia fosse mais integrada aos outros usos do rio. “Deveria haver um maior controle da água na produção de energia para não prejudicar os demais usuários”, diz.