Maior reservatório do Nordeste, Sobradinho está com o seu volume de água diminuindo a cada dia. Na última sexta-feira, chegou a 4,55% do volume útil, que indica o percentual armazenado acima do volume morto, aquele no qual a energia não pode mais ser gerada. Em 2001, o reservatório de Sobradinho chegou a 5,3% do volume útil e a região passou alguns meses em racionamento de energia. “Não há risco de racionamento de energia. Agora, a nossa preocupação é com o risco hídrico”, afirma o diretor de Operações da Companhia Hidro Elétrico do São Francisco (Chesf), José Ailton de Lima, se referindo a possibilidade do lago chegar ao seu volume morto.
O fato a comemorar é que o Nordeste, ao contrário de 2001, não depende mais somente das águas do São Francisco para ter energia. Nos últimos anos, foram implantados parques eólicos que somam a capacidade de gerar 7 mil megawatts (MW), térmicas que podem produzir 8 mil MW e linhas de transmissão que podem trazer mais de 5 mil MW de outras regiões, sendo 3,5 mil MW do Norte e 2 mil MW do Sudeste. O Nordeste consome cerca de 10 mil MW médios de energia.
A quantidade de energia gerada a partir de Sobradinho vem diminuindo. Em média, a Chesf produz 6 mil MW médios, embora tenha uma capacidade instalada para gerar 10,3 mil MW nas suas hidrelétricas, movidas quase na sua totalidade pelas águas do São Francisco. Atualmente, a estatal produz cerca de 2,7 mil MW médios com a atual vazão de Sobradinho em 900 metros cúbicos por segundo. O MW médio indica a energia consumida e o MW, a potência instalada. Em termos de geração de energia, a redução da água no reservatório prejudica principalmente a usina hidrelétrica de Sobradinho que tem a capacidade para gerar 1 mil MW e produziu 175 MW médios, na última quinta-feira, menos de 20% da sua capacidade.
A água passa por Sobradinho e segue para as demais hidrelétricas da Chesf. Por isso, todas estão gerando menos. A vazão ambientalmente correta de Sobradinho é de 1,3 mi metros cúbicos. Mas os órgãos ligados ao governo federal vem diminuindo a vazão desde 2013, poupando a água para gerar energia.
O reservatório de Sobradinho começou a semana passada com 4,96% do seu volume útil, um recorde na história cujo volume mais baixo tinha sido os 5,3% de 2001. Na última sexta-feira, estava com 4,55%. Ele libera 900 metros cúbicos por segundo e recebe 500 metros cúbicos por segundo do reservatório de Três Marias, localizado na cabeceira do São Francisco, em Minas Gerais.
Na última semana, a Agência Nacional de Águas (ANA) manteve as vazões de Sobradinho e a de Três Marias. Os empresários do Vale do São Francisco desejavam um aumento de 100 metros cúbicos na vazão de Três Marias para aumentar a quantidade de água em Sobradinho que abastece o polo de fruticultura irrigada de Petrolina, Juazeiro e Casa Nova. As duas últimas na Bahia. A decisão voltou a alimentar a discussão sobre o múltiplo uso das águas do São Francisco, utilizada para o abastecimento humano em mais de 20 cidades do Sertão do Estado.
Caso não ocorram chuvas em novembro, Sobradinho vai atingir 0% do volume útil no final de novembro, segundo o superintendente de Operações da Chesf, João Henrique Franklin. O reservatório tem a capacidade de armazenar 34 bilhões de metros cúbicos, incluindo o volume morto, formado por 6 bilhões de metros cúbicos. “Esse último dá para abastecer os produtores do Vale por três meses”, diz João Henrique. Ele acredita que as chuvas ocorrerão este mês, quando começa o período úmido na caixa d’água do São Francisco, no Sudeste do País. “Não existe registro de novembro sem chuvas nessa área”, conclui.
A quantidade de energia gerada a partir de Sobradinho vem diminuindo. Em média, a Chesf produz 6 mil MW médios, embora tenha uma capacidade instalada para gerar 10,3 mil MW nas suas hidrelétricas, movidas quase na sua totalidade pelas águas do São Francisco. Atualmente, a estatal produz cerca de 2,7 mil MW médios com a atual vazão de Sobradinho em 900 metros cúbicos por segundo. O MW médio indica a energia consumida e o MW, a potência instalada. Em termos de geração de energia, a redução da água no reservatório prejudica principalmente a usina hidrelétrica de Sobradinho que tem a capacidade para gerar 1 mil MW e produziu 175 MW médios, na última quinta-feira, menos de 20% da sua capacidade.
A água passa por Sobradinho e segue para as demais hidrelétricas da Chesf. Por isso, todas estão gerando menos. A vazão ambientalmente correta de Sobradinho é de 1,3 mi metros cúbicos. Mas os órgãos ligados ao governo federal vem diminuindo a vazão desde 2013, poupando a água para gerar energia.
O reservatório de Sobradinho começou a semana passada com 4,96% do seu volume útil, um recorde na história cujo volume mais baixo tinha sido os 5,3% de 2001. Na última sexta-feira, estava com 4,55%. Ele libera 900 metros cúbicos por segundo e recebe 500 metros cúbicos por segundo do reservatório de Três Marias, localizado na cabeceira do São Francisco, em Minas Gerais.
Na última semana, a Agência Nacional de Águas (ANA) manteve as vazões de Sobradinho e a de Três Marias. Os empresários do Vale do São Francisco desejavam um aumento de 100 metros cúbicos na vazão de Três Marias para aumentar a quantidade de água em Sobradinho que abastece o polo de fruticultura irrigada de Petrolina, Juazeiro e Casa Nova. As duas últimas na Bahia. A decisão voltou a alimentar a discussão sobre o múltiplo uso das águas do São Francisco, utilizada para o abastecimento humano em mais de 20 cidades do Sertão do Estado.
Caso não ocorram chuvas em novembro, Sobradinho vai atingir 0% do volume útil no final de novembro, segundo o superintendente de Operações da Chesf, João Henrique Franklin. O reservatório tem a capacidade de armazenar 34 bilhões de metros cúbicos, incluindo o volume morto, formado por 6 bilhões de metros cúbicos. “Esse último dá para abastecer os produtores do Vale por três meses”, diz João Henrique. Ele acredita que as chuvas ocorrerão este mês, quando começa o período úmido na caixa d’água do São Francisco, no Sudeste do País. “Não existe registro de novembro sem chuvas nessa área”, conclui.