Reservatório de Sobradinho com menos água a cada dia

A expectativa é de que o lago chegue ao volume morto no final de novembro, se não ocorrerem chuvas na nascente do São Francisco
Da editoria de economia
Publicado em 01/11/2015 às 8:00
A expectativa é de que o lago chegue ao volume morto no final de novembro, se não ocorrerem chuvas na nascente do São Francisco Foto: Marcia Mendes/JC Imagem


Maior reservatório do Nordeste, Sobradinho está com o seu volume de água diminuindo a cada dia. Na última sexta-feira, chegou a 4,55% do volume útil, que indica o percentual armazenado acima do volume morto, aquele no qual a energia não pode mais ser gerada. Em 2001, o reservatório de Sobradinho chegou a 5,3% do volume útil e a região passou alguns meses em racionamento de energia. “Não há risco de racionamento de energia. Agora, a nossa preocupação é com o risco hídrico”, afirma o diretor de Operações da Companhia Hidro Elétrico do São Francisco (Chesf), José Ailton de Lima, se referindo a possibilidade do lago chegar ao seu volume morto. 

O fato a comemorar é que o Nordeste, ao contrário de 2001, não depende mais somente das águas do São Francisco para ter energia. Nos últimos anos, foram implantados parques eólicos que somam a capacidade de gerar 7 mil megawatts (MW), térmicas que podem produzir 8 mil MW e linhas de transmissão que podem trazer mais de 5 mil MW de outras regiões, sendo 3,5 mil MW do Norte e 2 mil MW do Sudeste. O Nordeste consome cerca de 10 mil MW médios de energia.

 

A quantidade de energia gerada a partir de Sobradinho vem diminuindo. Em média, a Chesf produz 6 mil MW médios, embora tenha uma capacidade instalada para gerar 10,3 mil MW nas suas hidrelétricas, movidas quase na sua totalidade pelas águas do São Francisco. Atualmente, a estatal produz cerca de 2,7 mil MW médios com a atual vazão de Sobradinho em 900 metros cúbicos por segundo. O MW médio indica a energia consumida e o MW, a potência instalada. Em termos de geração de energia, a redução da água no reservatório prejudica principalmente a usina hidrelétrica de Sobradinho que tem a capacidade para gerar 1 mil MW e produziu 175 MW médios, na última quinta-feira, menos de 20% da sua capacidade. 

A água passa por Sobradinho e segue para as demais hidrelétricas da Chesf. Por isso, todas estão gerando menos. A vazão ambientalmente correta de Sobradinho é de 1,3 mi metros cúbicos. Mas os órgãos ligados ao governo federal vem diminuindo a vazão desde 2013, poupando a água para gerar energia. 

O reservatório de Sobradinho começou a semana passada com 4,96% do seu volume útil, um recorde na história cujo volume mais baixo tinha sido os 5,3% de 2001. Na última sexta-feira, estava com 4,55%. Ele libera 900 metros cúbicos por segundo e recebe 500 metros cúbicos por segundo do reservatório de Três Marias, localizado na cabeceira do São Francisco, em Minas Gerais. 

Na última semana, a Agência Nacional de Águas (ANA) manteve as vazões de Sobradinho e a de Três Marias. Os empresários do Vale do São Francisco desejavam um aumento de 100 metros cúbicos na vazão de Três Marias para aumentar a quantidade de água em Sobradinho que abastece o polo de fruticultura irrigada de Petrolina, Juazeiro e Casa Nova. As duas últimas na Bahia. A decisão voltou a alimentar a discussão sobre o múltiplo uso das águas do São Francisco, utilizada para o abastecimento humano em mais de 20 cidades do Sertão do Estado. 

Caso não ocorram chuvas em novembro, Sobradinho vai atingir 0% do volume útil no final de novembro, segundo o superintendente de Operações da Chesf, João Henrique Franklin. O reservatório tem a capacidade de armazenar 34 bilhões de metros cúbicos, incluindo o volume morto, formado por 6 bilhões de metros cúbicos. “Esse último dá para abastecer os produtores do Vale por três meses”, diz João Henrique. Ele acredita que as chuvas ocorrerão este mês, quando começa o período úmido na caixa d’água do São Francisco, no Sudeste do País. “Não existe registro de novembro sem chuvas nessa área”, conclui.

A quantidade de energia gerada a partir de Sobradinho vem diminuindo. Em média, a Chesf produz 6 mil MW médios, embora tenha uma capacidade instalada para gerar 10,3 mil MW nas suas hidrelétricas, movidas quase na sua totalidade pelas águas do São Francisco. Atualmente, a estatal produz cerca de 2,7 mil MW médios com a atual vazão de Sobradinho em 900 metros cúbicos por segundo. O MW médio indica a energia consumida e o MW, a potência instalada. Em termos de geração de energia, a redução da água no reservatório prejudica principalmente a usina hidrelétrica de Sobradinho que tem a capacidade para gerar 1 mil MW e produziu 175 MW médios, na última quinta-feira, menos de 20% da sua capacidade. 

A água passa por Sobradinho e segue para as demais hidrelétricas da Chesf. Por isso, todas estão gerando menos. A vazão ambientalmente correta de Sobradinho é de 1,3 mi metros cúbicos. Mas os órgãos ligados ao governo federal vem diminuindo a vazão desde 2013, poupando a água para gerar energia. 

O reservatório de Sobradinho começou a semana passada com 4,96% do seu volume útil, um recorde na história cujo volume mais baixo tinha sido os 5,3% de 2001. Na última sexta-feira, estava com 4,55%. Ele libera 900 metros cúbicos por segundo e recebe 500 metros cúbicos por segundo do reservatório de Três Marias, localizado na cabeceira do São Francisco, em Minas Gerais. 

Na última semana, a Agência Nacional de Águas (ANA) manteve as vazões de Sobradinho e a de Três Marias. Os empresários do Vale do São Francisco desejavam um aumento de 100 metros cúbicos na vazão de Três Marias para aumentar a quantidade de água em Sobradinho que abastece o polo de fruticultura irrigada de Petrolina, Juazeiro e Casa Nova. As duas últimas na Bahia. A decisão voltou a alimentar a discussão sobre o múltiplo uso das águas do São Francisco, utilizada para o abastecimento humano em mais de 20 cidades do Sertão do Estado. 

Caso não ocorram chuvas em novembro, Sobradinho vai atingir 0% do volume útil no final de novembro, segundo o superintendente de Operações da Chesf, João Henrique Franklin. O reservatório tem a capacidade de armazenar 34 bilhões de metros cúbicos, incluindo o volume morto, formado por 6 bilhões de metros cúbicos. “Esse último dá para abastecer os produtores do Vale por três meses”, diz João Henrique. Ele acredita que as chuvas ocorrerão este mês, quando começa o período úmido na caixa d’água do São Francisco, no Sudeste do País. “Não existe registro de novembro sem chuvas nessa área”, conclui.

TAGS
energia elétrica reservatórios
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory