Pernambuco foi um dos quatro Estados que registraram alta na produção industrial entre outubro e setembro de 2015: Bahia (2,2%), Ceará (0,9%), Pernambuco (0,3%) e Santa Catarina (0,2%). Em Pernambuco, o avanço é registrado após duas taxas negativas consecutivas, período em que acumulou perda de 3,8%.
As outras dez localidades pesquisadas tiveram uma queda do indicador na comparação mensal. As principais retrações foram verificadas no Pará (-6%), Paraná (-5,7%), Espírito Santo (-5,1%) e Amazonas (-4,9%). Os dados foram divulgados nesta terça-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do avanço de um mês para o outro, a produção industrial em Pernambuco registra variação negativa de 4,2% entre outubro de 2015 e outubro de 2014, assinalando a oitava taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto. No acumulado deste ano, de janeiro a outubro, a queda é de -3,4%, intensificando o ritmo de queda frente ao observado no primeiro semestre de 2015 (-2,1%).
No acumulado dos últimos 12 meses (taxa anualizada, o recuo foi de -3,7%, praticamente repetindo a magnitude de perda verificada em setembro último (-3,8%).
SETORES
Na comparação com outubro de 2014, a indústria pernambucana recuou 4,2% em outubro de 2015, com onze dos doze setores investigados apontando queda na produção. As principais influências negativas foram registradas pelo setor de equipamentos de transporte (-30,3%), em grande parte, pela menor produção de embarcações para transporte (inclusive plataformas); de outros produtos químicos (-17,8%), reflexo da retração na produção de de tintas e vernizes dissolvidos em meio aquoso para construção, adubos ou fertilizantes minerais ou químicos e borracha de estireno-butadieno.
Além disso, também pesou a queda na produção de produtos de metal (-27,5%), sobretudo de latas de alumínio e de ferro e aço para embalagem de produtos diversos, estruturas de ferro e aço em chapas ou em outras formas, esquadrias de alumínio e telas metálicas tecidas. O setor de de bebidas (-11,0%) também fez pressão no indicador, em grande parte pela menor produção de cervejas e chope.
De acordo com a divulgação do IBGE, vale citar também os recuos vindos de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-14,7%), de produtos têxteis (-19,2%), de produtos de minerais não-metálicos (-4,2%) e de metalurgia (-4,1%).
Por outro lado, o setor de produtos alimentícios (9,1%) exerceu a única contribuição positiva nesse mês, impulsionado, especialmente, pela maior produção de açúcar refinado e cristal, produtos embutidos ou de salamaria (de salame) e outras preparações de carnes de aves ou de pequenos animais e biscoitos.