Das 27 capitais brasileiras analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), 22 demonstraram aumento de custo em seus alimentos de consumo básico.
As maiores altas foram registradas em Boa Vista - Roraima (8,02%), João Pessoa - Paraíba (5,79%), Manaus - Amazonas (5,27%) e Maceió - Alagoas (4,50%). Já as retrações ficaram evidentes em Florianópolis (-4,35%), Belo Horizonte (-0,64%), Belém (-0,60%), Porto Velho (-0,56%) e Brasília (-0,23%).
O Recife apareceu com resultado intermediário. Por aqui, a cesta básica ficou 2,39% mais cara. Os alimentos que mais pesaram para o bolso foram o feijão, que subiu 15,95% - e já acumula um aumento de preço de 137,93% em todo o ano -, e o leite, com 9,76%. Apesar de derivada do leite, a manteiga teve redução de custo avaliada em 5,84%.
De acordo com o Dieese, para manter uma família de quatro pessoas adquirindo os produtos da cesta básica, seria necessário um salário mínino no valor de R$ 3.992,75, quase cinco vezes maior do que o vigente.
Apesar de o preço do feijão carioca ter começado a se estabilizar nos supermercados e feiras da Região Metropolitana do Recife (RMR), o valor do grão continua em alta. A subida brusca de preços afetou, inclusive, o preço do feijão preto, porque os consumidores começaram a migrar de uma modalidade do alimento para a outra, fazendo valer a lei da oferta e demanda. A expectativa dos produtores é que ainda na primeira quinzena de 2015, o feijãozinho comece a se estabilizar com mais força. Apesar disso, o grão só deve atingir valores normais no início de 2017.
Confira a galeria de fotos de alimentos que, assim como o feijão, são ou já foram os vilões da inflação: