Cesta básica: feijão já acumula 137,93% de aumento em 2016

O leite ficou 36,36% mais caro no período e também está pesando no bolso
JC Online
Publicado em 04/08/2016 às 16:01
Foto: Edmar Melo/JC Imagem


Das 27 capitais brasileiras analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), 22 demonstraram aumento de custo em seus alimentos de consumo básico

As maiores altas foram registradas em Boa Vista - Roraima (8,02%), João Pessoa - Paraíba (5,79%), Manaus - Amazonas (5,27%) e Maceió - Alagoas (4,50%). Já as retrações ficaram evidentes em  Florianópolis (-4,35%), Belo Horizonte (-0,64%), Belém (-0,60%), Porto Velho (-0,56%) e Brasília (-0,23%).

O Recife apareceu com resultado intermediário. Por aqui, a cesta básica ficou 2,39% mais cara. Os alimentos que mais pesaram para o bolso foram o feijão, que subiu 15,95% - e já acumula um aumento de preço de 137,93% em todo o ano -, e o leite, com 9,76%. Apesar de derivada do leite, a manteiga teve redução de custo avaliada em 5,84%.

De acordo com o Dieese, para manter uma família de quatro pessoas adquirindo os produtos da cesta básica, seria necessário um salário mínino no valor de R$ 3.992,75, quase cinco vezes maior do que o vigente. 

FEIJÃO

Apesar de o preço do feijão carioca ter começado a se estabilizar nos supermercados e feiras da Região Metropolitana do Recife (RMR), o valor do grão continua em alta. A subida brusca de preços afetou, inclusive, o preço do feijão preto, porque os consumidores começaram a migrar de uma modalidade do alimento para a outra, fazendo valer a lei da oferta e demanda. A expectativa dos produtores é que ainda na primeira quinzena de 2015, o feijãozinho comece a se estabilizar com mais força. Apesar disso, o grão só deve atingir valores normais no início de 2017. 

Confira a galeria de fotos de alimentos que, assim como o feijão, são ou já foram os vilões da inflação:

Alexandre Gondim/JC Imagem
O feijão carioca é o vilão da vez. O preço subiu 54% até junho. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Alexandre Gondim/JC Imagem
Edmar Melo/JC Imagem
O arroz também ficou caro. Chuvas no Rio Grande do Sul afetaram produção. Foto: Edmar Melo/JC Imagem - Edmar Melo/JC Imagem
Helia Scheppa/JC Imagem
Já o valor do leite subiu por causa do aumento do preço do milho. Foto: Helia Scheppa/JC Imagem - Helia Scheppa/JC Imagem
Alexandre Gondim/JC Imagem
A cenoura também ganhou fama negativa no início deste ano. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem - Alexandre Gondim/JC Imagem
Michele Souza/JC Imagem
Tomate subiu 122% em 2013 e virou sinônimo de riqueza. Foto: Michele Souza/JC Imagem - Michele Souza/JC Imagem
Foto: Pixabay
A produção do café também foi afetada por fortes chuvas. Foto: Pixabay - Foto: Pixabay
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