Grandes clientes podem reduzir conta de luz no mercado livre

A opção de entrar para o mercado livre só existe para empresas que consomem muita energia
Da editoria de economia
Publicado em 21/08/2016 às 8:01
A opção de entrar para o mercado livre só existe para empresas que consomem muita energia Foto: Carlos Severo/Fotos públicas


Pernambuco é um dos Estados mais atrativos para os grandes clientes de energia migrarem para o mercado livre, mecanismo que permite aos maiores consumidores de energia escolher a empresa da qual vão comprar energia. “A nossa ideia é mostrar aos grandes clientes instalados no Estado que podem reduzir a conta em 20% se ocorrer essa migração”, afirma o sócio do Grupo Federal Erick Azevedo. Ele se refere principalmente aos consumidores que têm uma demanda (consumo) contratada entre 500 quilowatts (kW) e 3 mil kW. 

 

O índice de atratividade no mercado livre é um ranking feito pelo grupo com base no preço da energia cobrada nos Estados no mercado cativo, aquele no qual o consumidor só pode comprar a energia de uma distribuidora, como ocorre em Pernambuco com a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe). 

“No nosso levantamento, Pernambuco ocupou o 8º lugar entre os Estados que têm o preço da energia mais cara no mercado cativo”, conta Erick. O Rio de Janeiro foi o primeiro lugar desse ranking. “Lá, o grande consumidor pode reduzir a sua conta de energia em 30% se migrar para o mercado cativo”, diz. E acrescenta:“geralmente, o consumidor tem dificuldade de fazer essa conta, por isso decidimos fazer esse levantamento”. 

O estudo analisou o preço do mercado cativo de 48 distribuidoras que atuam em 26 Estados, excluindo apenas Roraima. Essas distribuidoras respondem por 98% da energia distribuída no mercado cativo. 

Para calcular a atratividade no mercado livre, a empresa deu uma nota a cada Estado mensalmente no período de janeiro a junho. A nota 1 significa o preço da energia mais cara no mercado cativo e foi obtida pelo Rio de Janeiro com a média 1. Pernambuco ficou com a média 0,863. “A tendência é o preço da energia no mercado cativo continuar em alta porque esses consumidores vão continuar pagando os empréstimos feitos para pagar a energia das térmicas gerada entre 2012 e 2015”, afirma.

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