Confira o Mapa do Trabalho Industrial 2017-2020 do Senai

Mapa do Trabalho Industrial 2017-2020 aponta necessidade de capacitar trabalhadores da indústria, principalmente na construção
Da editoria de economia
Publicado em 13/11/2016 às 7:31
Mapa do Trabalho Industrial 2017-2020 aponta necessidade de capacitar trabalhadores da indústria, principalmente na construção Foto: Foto: EBC


Pernambuco precisará capacitar 384.660 trabalhadores de nível superior, técnico e de qualificação (cursos com carga horária acima de 200 horas), em ocupações industriais, principalmente nas áreas de construção (148.850), meio ambiente e produção (70.684), metalmecânica (38.812) e alimentos (33.531), entre 2017 e 2020. Em todo o País, serão 13 milhões. O levantamento é do Mapa do Trabalho Industrial feito pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e mostra a necessidade de requalificação de profissionais que já estão empregados e aqueles que precisam de capacitação para ingressar em novas oportunidades no mercado. Apenas 25% da demanda de qualificação de 13 milhões é por novos trabalhadores. Ou seja, o momento é de se qualificar para quando a crise passar.

Esses números mostram a esperança de um cenário melhor para a indústria nos próximos anos. Em setembro, o IBGE mostrou que a produção industrial cresceu 0,5%, na comparação com agosto. Em Pernambuco, houve alta de 0,2%. “A gente enxerga que esses pequenos sinais já começam a demonstrar que o setor parou de cair e voltou a crescer. A expectativa do Senai é que a retomada comece em 2017, com crescimento de 1,2%, chegando a 3,1% em 2020”, explica o gerente executivo de Educação Profissional e Tecnológica do Senai, Felipe Morgado.

A demanda é por profissionais de todos os níveis, sendo 81,19% por trabalhadores que fizeram cursos de qualificação, 14,01%, de nível técnico, com cursos de carga horária entre 800 horas e 1.200 horas, e 4,8% por profissionais de nível superior.

“O Senai acredita muito no desenvolvimento da sociedade e do processo produtivo. É a vez da Indústria 4.0, a manufatura avançada que exige da educação profissional maior qualificação e algumas competências, além das técnicas. A qualificação será o diferencial tanto para o primeiro emprego quanto para ter uma nova oportunidade na carreira”, complementa Rafael Morgado.

Entre as áreas de qualificação, alimentos é a que mais vai absorver profissionais, por causa da exportação de commodities agrícolas (carnes, açúcar, derivados da soja). Em seguida, vem construção. As profissões mais procuradas serão cozinheiros (15.405), operadores de máquinas para costura de peças de vestuário (9.539), trabalhadores de montagem de estruturas de madeira, metal e compósitos em obras civis (7.410), mecânicos de manutenção de veículos automotores (5.533) e outras.

 

TÉCNICO

Na parte técnica, Pernambuco precisará de 3.758 supervisores da construção civil nos próximos quatro anos. Apesar de o setor de construção estar reduzindo as contratações há dois anos (no acumulado do ano até setembro, foram suprimidas 225.069 vagas e, em 12 meses, 460.014, segundo o Ministério do Trabalho e do Emprego), o Senai afirma que essa área voltará a crescer. O estudante do curso técnico de edificações Pablo de França, 22 anos, está se preparando para o futuro. “Acredito que vai se recuperar. Futuramente, acredito que a conjuntura vai melhorar muito. Vai abrir muitas vagas na área de construção. No futuro, quero ser engenheiro, por isso estou procurando me qualificar com o curso técnico primeiro”, afirma.

A área que mais demandará profissionais é a de meio ambiente e produção. As empresas estão com maior controle da produção para evitar impactos sobre o meio ambiente, devido a mudanças na legislação recente. Ocupações como técnicos de controle de produção, segurança do trabalho e técnicos de planejamento e controle de produção serão muito procuradas. Outras áreas de destaque são metalmecânica, energia e tecnologias de informação e comunicação.

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