Nesta terça-feira (10), a concessão de 13 aeroportos do Brasil, incluindo o do Recife, ganhou um novo capítulo na Câmara dos Deputados, em Brasília. Isso acontece porque o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) protocolou o pedido de audiência pública na Comissão de Turismo para discutir o tema, em específico o caso do Aeroporto Internacional do Recife, com os principais envolvidos.
A intenção de Carreras é debater a forma como o Governo Federal tem tratado o equipamento dentro do regime de concessões. Segundo o parlamentar pernambucano, o modelo por lote preocupa para um aeroporto superavitário e que tem crescido acima da média do Brasil nos últimos anos. A Comissão de Turismo deve definir a data da Audiência nos próximos dias.
O Aeroporto Internacional do Recife está no mesmo lote que os aeroportos de Maceió (AL), Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB) e Juazeiro do Norte (CE). "Os aeroportos de Fortaleza e Salvador, que possuem uma movimentação de passageiros muito parecida com a do Recife foram privatizados sem nenhum lote. É no mínimo estranho um aeroporto do Ceará (Juazeiro do Norte) não ter sido junto com o de Fortaleza e estar no nosso lote", disse.
No fim de março, o Governo Federal havia escolhido o estudo para subsidiar a concessão dos aeroportos divididos em três blocos.
O valor do ressarcimento pelos estudos do bloco 2, que engloba os terminais do Nordeste, é de R$ 28,3 milhões, sendo R$ 6,4 milhões do Aeroporto do Recife. Pelos blocos 3 e 4, compostos pelos aeroportos de Mato Grosso e de Vitória e Macaé, receberá R$ 20,7 milhões e R$ 10,5 milhões, respectivamente. A pressa para privatizar os aeroportos se dá, entre outros motivos, por causa do gasto público representado pela Infraero. Impedida de demitir funcionários até o fim de 2020, a estatal tem de fazer “ginástica” para reduzir a equipe.
O Aeroporto Internacional do Recife subiu de 18 destinos (quatro internacionais e 14 nacionais) para 46 voos diretos (16 internacionais e 30 nacionais), comparando 2014, ano de Copa do Mundo, com 2018.