Três startups do Porto Digital entre as mais atraentes para o mercado

Três startups do Porto Digital ganharam uma importante vitrine ao serem selecionadas pelo movimento 100 Open Startups como algumas das empresas de tecnologia e inovação mais atraentes na visão do mercado. A classificação torna mais fácil para a Salvus, Pickcells e Pague Bem Brasil conquistarem parcerias, contratos e investimentos.

Para entrar no ranking, é preciso passar por várias etapas em que especialistas de aceleradoras, investidores e grandes empresas do Brasil e do mundo avaliam os candidatos com rigor. Com base no desempenho, as startups são selecionadas para a lista das cem empresas mais atraentes ou os destaques em 24 categorias.

A Salvus, especializada em gerenciamento remoto de gases medicinais, ocupa o 50º lugar na lista das cem startups com soluções inovadoras e prontas para receber investimentos. Além disso, conquistou primeiro lugar na categoria Healthcare. O reconhecimento vem para o serviço de gestão eficiente de gases medicinais para evitar desperdício, diminuir custos e monitorar os pacientes. Até o fim deste ano, a previsão de faturamento da empresa é de R$ 400 mil. A expectativa é de que o crescimento para os próximos anos seja exponencial. No fim de 2019, a perspectiva é de alcançar 10 mil pacientes.

“Segundo a OMS, 7,5 milhões de pessoas possuem doenças pulmonares crônicas, o que demanda tratamento com oxigênio. Acredito que a maior eficiência na gestão leva à redução de custos. Conseguimos mostrar isso para grandes empresas durante o processo seletivo para o ranking e despertar o interesse delas”, explica o CEO Maristone Gomes, que comanda a empresa junto aos sócios Caio Cesar, Rayanne Santana e Luiz Paulo Godoy.

Na categoria Healthcare, a startup Pickcells também ficou no top 10. Os sócios Paulo Melo, André Caetano e Rodrigo Paiva desenvolveram tecnologia de suporte a diagnóstico que permite a identificação de padrões em análises clínicas e patológicas usando visão computacional e outras técnicas de inteligencia artifical. Hoje, a empresa tem contrato de investimento e cooperação técnica com o laboratório Sabin. “Quando a pessoa faz um exame de sangue, é analisado se há alguma célula anormal. Conseguimos automatizar o processo e torná-lo 50% mais rápido. Queremos popularizar o acesso a esse produto. Podemos ser parceiros de clínicas de bairro ou até mesmo, no futuro, fazer exames pelo celular”, afirma o CEO Paulo Melo.

PROCESSO

O processo para ganhar o reconhecimento da 100 Open Startups tem início com o cadastro da solução e a seleção para a rede corporativa do movimento. A última etapa é a participação no evento Open Innovation Week, – que conecta as principais comunidades de empreendedorismo do mundo –, em que é possível discutir com executivos e empresários parcerias e negócios.

Durante a Open Innovation Week, a Pague Bem Brasil conseguiu negociar com três empresas. A startup que combate a inadimplência das micro e pequenas empresas ficou no top 5 da categoria Financial Services. “Eu e a minha sócia Paula Castro já sentimos a dor de levar um calote. Por isso, criamos uma plataforma gratuita em que é possível conferir a reputação de uma empresa. Também oferecemos serviço de cobrança e gestão da empresa. A a meta até o final de 2018 é conseguir 500 usuários”, diz o CEO Álvaro Leal.