O mercado imobiliário em Pernambuco sofre os efeitos da retomada lenta da economia, registrando estabilidade na comercialização de novas unidades. É o que mostra o Índice de Velocidade de Vendas (IVV), calculado pela Fiepe a pedido da Ademi com base na venda e oferta de imóveis do Minha Casa Minha Vida (MCMV) e unidades financiadas por 48 construtoras com recursos da poupança. Em maio, o indicador alcançou 7,3 pontos, pontuação estável em relação ao mesmo mês do ano passado. O detalhamento dos números ainda está sendo fechado pela Fiepe.
Em abril de 2018, o índice chegou a registrar queda, atingindo 4,5 pontos, ante 6,1 pontos no mesmo período de 2017. O recuo interrompeu o ritmo de recuperação observado nos meses anteriores.
Apesar de 70% dos imóveis ofertados serem financiados com recursos da poupança, a velocidade de venda é inferior a dos produtos do Minha Casa Minha Vida (MCMV), financiados com recursos do FGTS. Por exemplo, houve venda de apenas 165 unidades dos imóveis com financiamento via poupança, enquanto 4.347 unidades foram ofertadas pelas construtoras.
Essa é uma das causas para o acúmulo de crédito imobiliário nos bancos. “Houve retração no lançamento de imóveis para o cliente que utiliza recursos próprios, como os da poupança. Com isso, houve acúmulo de recursos nos bancos. A gente estima que se as taxas de juros bancárias chegarem a 8%, o ritmo das vendas vai aumentar”, diz o vice-presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE), Thiago Melo.
A partir do dia 16 do próximo mês, a Ademi realiza a semana imobiliária no site da entidade. O preço dos imóveis vai variar de R$ 155 mil a aproximadamente R$ 3 milhões.