O ministro da Defesa, general do Exército Fernando Azevedo e Silva, visitou nesta quarta-feira (21) o Porto Digital, no Bairro do Recife. Acompanhado do secretario nacional de segurança pública, general Teóphilo Oliveira e do presidente do Porto Digital, Pierre Lucena, o ministro visitou instalações e diversas empresas incubadas no Porto Digital. O objetivo foi estabelecer, no futuro, possíveis parcerias, principalmente na área de cibersegurança. No próximo ano, o Ministério da Defesa vai inaugurar, em Brasília, a Escola Nacional de Segurança Cibernética e deverá ter o Porto Digital como um de seus parceiros.
A agenda oficial começou com a visita do secretário nacional de segurança pública ao Open Innovation Lab (OIL), programa do Porto Digital que identifica necessidades de soluções tecnológicas de potenciais clientes e faz a ponte entre as empresas de inovação do parque tecnológico. A agenda do secretário também contemplou o Cesar (Centro de Estudos Avançados do Recife) e o Cesar School. O secretário, afirmou que não conhecia o Porto Digital, e que ficou bem impressionado. “O ministro Sérgio Moro já tem o projeto estratégico de incentivo a pesquisa tecnológica. O que eu vi aqui foram empresas apresentando soluções que muitas vezes procuramos fora do Brasil e que temos em Pernambuco”, pontuou o general Teóphilo Oliveira.
O ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva revelou que as Forças Armadas já tiveram uma parceria com o Porto Digital durante os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. “Eu fui o coordenador geral de defesa de área, responsável pela parte de segurança e defesa, e contei com serviços daqui no campo da cibernética. Conheço bem, mas fiquei surpreso com o crescimento, com o volume de empresas que hoje participam do Porto Digital”. O ministro afirmou ainda que a a visita foi “muito proveitosa” e que a pasta da Defesa pode avançar em futuros acordos. “Por exemplo, acabei de conhecer uma empresa que desenvolveu exames de saúde que podem ser feitos através do celular. Isto para um combatente, para um médico militar, é um avanço”, afirmou o general. O titular da defesa disse ainda que o Comando de Defesa Cibernética, que integra a Marinha, o Exército e a Aeronáutica e desde 2011 mantém parceria com o Porto Digital, vai inaugurar no próximo ano a Escola Nacional de Segurança Cibernética, onde, afirmou o ministro, espera contar com a presença do Porto Digital também.
Pierre Lucena, presidente do Porto Digital, disse que a parceria entre o governo federal e o parque tecnológico se dá através da Tempest, empresa especializada em cibersegurança mas assegura que pode ir mais além. “Temos a Pickcelss, que faz a parte de análises laboratoriais por inteligência artificial, a Neurotech, In Loco, o próprio Cesar e outras empresas que podem levar muitos outros produtos para frente, são exemplos de como nosso portfólio de serviços é diversificado”. Pierre Lucena explicou que existe um projeto para dobrar o número de empresas ligadas ao Porto Digital e a parceria com empresas governamentais é fundamental. “O Ministério da Defesa é um dos maiores contratantes de serviços de tecnologia do Brasil. Dentro do marco legal de inovação, a Defesa pode se associar a um instituto de ciência e tecnologia, e o que a gente quer é isso, se associar aos organizações públicos para fomentar nossas empresas e encontrar soluções para os novos desafios”.