Costa Rica espera surpreender o Brasil para se manter viva na Copa

O forte da seleção costarriquenha está no entrosado sistema defensivo
JC Online
Publicado em 21/06/2018 às 22:02
O forte da seleção costarriquenha está no entrosado sistema defensivo Foto: Foto: AFP


A Costa Rica entrou na Copa do Mundo da Rússia com esperanças de igualar o desempenho do último Mundial, onde fez a melhor campanha da história ao chegar às quartas de final. Porém, a derrota na estreia para a Sérvia brecou o ânimo costarriquenho e evidenciou alguns problemas da equipe, que terá de vencer Brasil e Suíça caso queira se classificar para as oitavas de final.

Durante o ciclo entre o Mundial do Brasil e o da Rússia, a seleção costarriquenha passou por mudanças no comando técnico. Jorge Luís Pinto deixou a equipe, sendo substituído pelo ídolo Paulo Wanchope, que ficou no cargo até 2015. Óscar Ramírez, que era auxiliar técnico até então, assumiu. A primeira mudança do novo treinador foi direcionada ao esquema tático, deixando o 4-5-1 de Wanchope e retornando ao 5-4-1, da campanha na Copa de 2014.

Outra característica do trabalho de Ramírez é a continuidade. Apenas três atletas têm menos de 20 jogos pela seleção. Nesse critério, a espinha dorsal do último mundial foi mantida.

Maior virtude dos costarriquenhos, a defesa conta com três atletas que foram titulares há quatro anos, no Brasil. Os remanescentes são os zagueiros Giancarlo González e Óscar Duarte, além do ala-direito Cristian Gamboa. O trio se junta ao outro zagueiro Johnny Acosta e ao ala-esquerdo Francisco Calvo, caras novas nesse ciclo, formando uma linha de defesa com cinco atletas. Aliás, o lado esquerdo se tornou uma dor de cabeça para Óscar Ramírez. Matarrita, defensor pelo setor, sofreu uma lesão muscular e foi cortado a três dias do início do Mundial. Porém, o principal jogador está debaixo das traves. A esperança da Costa Rica de parar o Brasil está nas mãos de Keylor Navas, do Real Madrid.

A dupla de volantes é composta por Celso Borges e David Guzmán, que são fortes fisicamente, mas fracos tecnicamente, comprometendo a qualidade da saída de bola. A partir disso, surge a dificuldade da Costa Rica na criação de jogadas, fazendo com que o time abuse das ligações diretas e foque em contra-atacar. O terceiro homem de meio campo é uma incógnita. O veterano Christian Bolaños fraturou o tornozelo e se recuperou pouco antes do começo do torneio. Sem ritmo, ficou na reserva no primeiro jogo. O atacante Venegas foi recuado e atuou como titular diante da Sérvia.

OFENSIVAMENTE

Na parte ofensiva do meio de campo, o respiro técnico: Bryan Ruiz. O jogador flutua por todos os setores e apoia o ataque. Urenã foi o titular na maioria dos jogos das Eliminatórias, no entanto, não tem como principal característica a finalização. Diante de um cenário pouco animador ofensivamente, os costarriquenhos devem seguir seu modelo de jogo baseado no contra-ataque e na ligação direta para enfrentar o Brasil.

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