Chegou a hora da verdade. Ou o Brasil mantém acesa a chama da esperança de conquistar o hexa, ou arruma as malas de volta para casa. A seleção brasileira chega à última rodada do Grupo E da Copa do Mundo com a obrigação de vencer ou pelo menos empatar com a Sérvia, nesta quarta-feira, às 15h (horário de Brasília), para se classificar às oitavas de final do Mundial da Rússia. É verdade que, mesmo com uma derrota, os brasileiros podem conquistar a vaga - precisaria torcer por um revés da Suíça diante da Costa Rica por um placar de saldo igual. Mas isso não está nos planos.
Para complicar a vida brasileira, os sérvios também chegam nesse jogo motivados por ainda terem chances reais de se classificarem. Para isso, precisam surpreender o Brasil e conseguir a vitória. Em caso de empate, teria de torcer por uma derrota Suíça por pelo menos dois gols de diferença.
O técnico Tite tem consciência de que o duelo com os balcânicos será bem diferente dos outros dois jogos que os brasileiros disputaram nessa Copa, por se tratar de uma seleção que possui a maior média de estatura da competição e utilizar bastante o contato físico. “A Sérvia tem a característica da bola aérea ofensiva, mas também tem a qualidade técnica da escola sérvia, da qualidade individual e contam com jogadores de alto nível. Temos condições de neutralizar essas jogadas evitando faltas laterais próximas a área, encurtando os espaços, bloqueando o corredor ou até mesmo evitando os escanteios”, frisou o comandante canarinho, preocupado em minimizar as investidas aéreas dos sérvios, principalmente pelo lado esquerdo com o experiente Kolarov.
Apesar a expectativa de que a seleção sofresse algumas modificações para essa partida, Tite optou pela sequência. “A equipe será a mesma que iniciou o último jogo”, antecipou o treinador, aproveitando para defender os contestados Willian e Paulinho. “Olha a trajetória dos dois na seleção. Quanto eles já foram consistentes e decisivos. Não posso desconsiderar isso. O “foguetinho” (apelido de Willian entre os jogadores) nas jogadas de um contra um, nas suas finalizações. Como esquecer do jogo de Paulinho contra o Uruguai (marcou três gols, em Montevidéu)? Eles construíram isso ao longo dos 23 jogos (que Tite está no comando da seleção)”.
Sobre a real condição de sua principal estrela, Tite assegurou que Neymar está em franco processo de evolução. “Se pegar o mapa de calor de Neymar e comparar o jogo contra a Suíça para esse diante da Costa Rica vai observar uma maior atuação dele em jogadas pelos flancos, por dentro... A sua movimentação aumentou consideravelmente. Acredito que ele precise de mais um jogo para estar na sua plenitude física e técnica”, explicou o técnico fazendo menção à recuperação do atacante, que sofreu em fevereiro uma fratura no dedo mínimo do pé direito e acabou ficando cerca de três meses longe dos gramados.
SÉRVIA
Stojkovic; Ivanovic, Milenkovic, Tosic e Kolarov; Matic, Milivojevic, Milinkovic-Savic, Tadic, Kostic; Mitrovic.
Técnico: Mladen Krstajic.
Esquema: 4-5-1.
BRASIL
Alisson; Fagner, Thiago Silva, Miranda e Marcelo; Casemiro e Paulinho; Willian, Philippe Coutinho e Neymar; Gabriel Jesus.
Técnico: Tite.
Esquema: 4-2-3-1.
Local: estádio do Spartak, em Moscou.
Horário: 15h (de Brasília).
Árbitro: Alireza Faghani (Irã).
Assistentes: Reza Sokhandan e Mohamm Mansouri (ambos do Irã).