Um duelo de tabus nesta sexta (5), a partir das 11h (de Brasília), em Nizhny Novgorod, pelas quartas de final da Copa do Mundo na Rússia. De um lado, a França, o bicho-papão dos sul-americanos, que não perde para integrantes da Conmebol há 40 anos. Do outro, o Uruguai, que venceu as últimas quatro partidas contra europeus em Mundiais. Além disso, o jogo é o único das quartas entre duas equipes campeãs: a Celeste venceu em 30 e 50, enquanto a França levou em 98.
Calo do Brasil em Mundiais, a França também vem derrubando sul-americanos em sequência na história da competição. Desde 1978, quando perderam para a Argentina por 2x1 na fase de grupos, os franceses acumulam cinco vitórias e quatro empates contra seleções da Conmebol: 1x1 (4x3 nos pênaltis) nas quartas de final de 1986 contra o Brasil; o 1x0 no Paraguai nas oitavas e o sonoro 3x0 ante a canarinho (ambos em 1998); dois empates em 0x0 com o Uruguai nas fases de grupos de 2002 e 2010; nova vitória (1x0) sobre a seleção brasileira nas quartas de 2006; outro 0x0 contra o Equador, nos grupos de 2014 e as duas vitórias nesta Copa, com 1x0 sobre o Peru na primeira fase e 4x3 sobre a Argentina nas oitavas de final.
Já a sequência sem perder do Uruguai em Copas contra europeus é desde 2010, quando foram derrotados pela Alemanha por 2x1 na disputa pelo terceiro lugar na África do Sul. De lá para cá, quatro vitórias em sequência: 2x1 contra a Inglaterra e 1x0 ante a Itália em 2014 e 3x0 com a Rússia e 2x1 sobre Portugal nesta Copa.
Se levarmos em conta o passado recente entre as duas equipes, os gols passarão longe de Nizhny Novgorod. Nos últimos cinco jogos, só um gol marcado, de Suárez e na vitória do Uruguai sobre a França em 2013, num amistoso. Nos outros quatro confrontos, incluindo duas partidas de Mundial, as redes não balançaram. Por sinal, um triunfo hoje fará a Celeste igualar o seu recorde de vitórias seguidas em Copas, com cinco e que já aconteceu entre as Copas de 1930 e 1950 e entre 1950 e 1954. Em 30 e 50, levou a taça de campeã.
No lado uruguaio, apesar do suspense sobre a participação de Cavani, o técnico Óscar Tabárez está confiante em uma vitória contra os franceses. Nas quartas, bateu Portugal por 2x1. “A França tem muita qualidade, mas não é um time que não pode ser vencido. Tem fragilidades como qualquer outro e por isso mesmo precisamos estar bem atentos para não deixarmos de aproveitarmos as situações que podem nos trazer a vitória” disse o treinador, que chega hoje ao seu 20º jogo em Copas do Mundo, o quarto maior técnico da história ao lado de Zagallo e do sérvio Bora Milutinovic.
Uma das favoritas ao título junto com o Brasil, a seleção francesa também chega com a confiança em alta após eliminar a Argentina. Para o técnico Didier Deschamps, hora de subir o nível para chegar entre os quatro melhores.
“Nós sabemos que a seleção francesa está disposta a fazer um grande torneio do início ao fim. Estamos conseguindo isso. Porém, o nível de exigência só tende a aumentar e por isso mesmo precisamos atuar com uma intensidade só. Sei que o desgaste físico é um componente que joga contra, mas podemos superar isso também.
URUGUAI
Fernando Muslera; Martin Cáceres, José Giménez, Diego Godín e Diego Laxalt; Lucas Torreira, Matías Vecino, Nahitan Nández e Rodrigo Bentancur; Cavani (Christian Stuani) e Luis Suárez. Técnico: Óscar Tabárez. Esquema: 4-4-2.
FRANÇA
Lloris; Pavard, Varane, Samuel Umtiti e Lucas Hernández; Kanté, Pogba e Corentin Tolisso; Antoine Griezmann, Mbappé e Giroud.
Técnico: Didier Deschamps. Esquema: 4-3-3.
Local: Estádio de Nizhny Novgorod, na Rússia. Horário: 11h (horário de Brasília). Árbitro: Néstor Pitana (ARG).
Assistentes: Hernan Maidana e Juan Pablo Belatti (ambos da ARG).