A Fifa confirmou nesta terça-feira que seu Comitê Executivo irá propor pausas de três minutos em partidas de futebol nas quais algum lance de concussão ocorrer em campo, para que o jogador envolvido seja avaliado. A proposta será discutida na próxima reunião da entidade, que será realizada nesta quinta.
Com isso, a Fifa segue a sugestão do belga Michel D'Hooghe, chefe do Comitê Médico da entidade, que no início do mês foi o primeiro a comentar sobre esta pausa. Ele próprio, aliás, será um dos integrantes da reunião que colocará a pauta em discussão na quinta-feira.
O assunto ganhou força durante a última Copa do Mundo, na qual ocorreram cinco casos de concussão. No lance mais marcante, o uruguaio Alvaro Pereira levou uma joelhada na cabeça durante o duelo contra a Inglaterra, na primeira fase. Ele chegou a ficar desacordado, mas se recusou a deixar o gramado e seguiu até o apito final.
Os médicos da seleção uruguaia e a Fifa foram criticados pelo procedimento adotado na ocasião, o que poderia ser minimizado com a nova proposta. "Os incidentes na Copa do Mundo mostraram que o papel dos médicos das equipes precisa ser reforçado para garantir o procedimento correto em possíveis casos de concussão" comentou D'Hooghe.
Se a nova medida for adotada pela Fifa, os médicos das equipes terão o poder de vetar o retorno de um jogador a campo se acharem que ele não reúne condições após sofrer uma pancada na cabeça. "O árbitro só permitirá que um jogador lesionado continue jogando com a autorização do médico do time, que terá a decisão final."
A Uefa já adotou a pausa de três minutos na semana passada e irá colocar a medida em prática nos jogos da Liga dos Campeões a partir da próxima semana. D'Hooghe também comanda o Comitê Médico da entidade europeia.