Marrocos é excluído das duas próximas edições da Copa Africana

O governo marroquino pediu várias vezes o adiamento da competição, por conta de temores com a expansão do vírus Ebola
Da AFP
Publicado em 06/02/2015 às 16:50


O Marrocos foi excluído das edições de 2017 e 2019 da Copa Africana de Nações (CAN) por ter desistido de organizar o torneio neste ano, informou nesta sexta-feira a Confederação Africana de Futebol, que também aplicou uma multa de um milhão de euros ao país.

O governo marroquino pediu várias vezes o adiamento da competição, por conta de temores com a expansão do vírus Ebola. A CAF recusou, e resolveu trocar de país-sede, levando o torneio à Guiné Equatorial.

Por ter se oferecido para receber a competição, a seleção da Guiné Equatorial, que não conseguiu a classificação em campo, acabou sendo repescada no lugar do Marrocos, excluído da competição.

"Ao contrário da versão da Federação Marroquina, não houve caso de força maior" que justificasse o adiamento da Copa Africana.

Por outro lado, a Guiné Equatorial, que também ficou no olho do furacão por conta dos incidentes que deixaram 36 feridos na semifinal entre a seleção anfitriã e o Gana (derrota por 3 a 0 do país-sede), acabou se ainda muito bem.

Corria sério risco de ver a disputa pelo terceiro lugar acontecer de portões fechados, sem torcida, mas isso só acontecerá em caso de novos incidentes. 

A multa aplicada também foi branda (100.000 dólares), enquanto o torneio já tinha sido marcado por problemas nas quartas de final, quando o árbitro precisou sair de campo sob escolta depois de ter marcado um pênalti polêmico que acabou eliminando a Tunísia e classificando os anfitriões.

Na semifinal, na última quinta-feira, não houve arbitragem caseira, mas o jogo foi interrompido por mais de 35 minutos por conta da fúria da torcida local, que jogou dezenas de objetos sobre o gramado. 

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