O Marrocos foi excluído das edições de 2017 e 2019 da Copa Africana de Nações (CAN) por ter desistido de organizar o torneio neste ano, informou nesta sexta-feira a Confederação Africana de Futebol, que também aplicou uma multa de um milhão de euros ao país.
O governo marroquino pediu várias vezes o adiamento da competição, por conta de temores com a expansão do vírus Ebola. A CAF recusou, e resolveu trocar de país-sede, levando o torneio à Guiné Equatorial.
Por ter se oferecido para receber a competição, a seleção da Guiné Equatorial, que não conseguiu a classificação em campo, acabou sendo repescada no lugar do Marrocos, excluído da competição.
"Ao contrário da versão da Federação Marroquina, não houve caso de força maior" que justificasse o adiamento da Copa Africana.
Por outro lado, a Guiné Equatorial, que também ficou no olho do furacão por conta dos incidentes que deixaram 36 feridos na semifinal entre a seleção anfitriã e o Gana (derrota por 3 a 0 do país-sede), acabou se ainda muito bem.
Corria sério risco de ver a disputa pelo terceiro lugar acontecer de portões fechados, sem torcida, mas isso só acontecerá em caso de novos incidentes.
A multa aplicada também foi branda (100.000 dólares), enquanto o torneio já tinha sido marcado por problemas nas quartas de final, quando o árbitro precisou sair de campo sob escolta depois de ter marcado um pênalti polêmico que acabou eliminando a Tunísia e classificando os anfitriões.
Na semifinal, na última quinta-feira, não houve arbitragem caseira, mas o jogo foi interrompido por mais de 35 minutos por conta da fúria da torcida local, que jogou dezenas de objetos sobre o gramado.