Justiça argentina pede prisão de envolvidos com corrupção na Fifa

Autoridades rejeitaram o pedido da defesa dos três empresários de responder em liberdade
Folhapress
Publicado em 28/05/2015 às 19:14
Autoridades rejeitaram o pedido da defesa dos três empresários de responder em liberdade Foto: Imprensa argentina/Reprodução


BUENOS AIRES - A Justiça argentina rejeitou o pedido da defesa dos três empresários envolvidos no escândalo de corrupção na Fifa de responder ao processo em liberdade. O juiz Marcelo Martínez de Giorgi ordenou a prisão de Alejandro Burzaco (da Torneos y Competencias) e de Hugo e Mariano Jinkis (da Full Play). Eles ainda não foram localizados. Os Jinkis estariam na Argentina, e Burzaco, na Itália.

O juiz argentino justificou sua decisão alegando que a denúncia envolve valores "milionários" e que os suspeitos teriam capacidade econômica de fugir.

A defesa ainda poderá apelar da decisão. Outro juiz deverá avaliar o pedido de extradição.

A AFA (Associação de Futebol Argentina) emitiu um comunicado nesta quinta (28) informando que "apoia e acompanha" as investigações e que "compartilha da preocupação a respeito da transparência que merece nosso esporte".

A entidade informa que os valores recebidos pelas partidas das Copas América de 2015, 2016, 2019 e 2023 estão registrados nos informes contábeis da associação.

Na nota, a AFA afirmou que está à disposição da Justiça americana para prestar eventuais esclarecimentos.

A Justiça dos EUA, que comanda a investigação sobre a Fifa, já enviou à Argentina e ao Paraguai pedidos de prisão e extradição dos cidadãos destes países suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção.

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