A Interpol fez uma busca nos escritórios das produtoras TyC (Torneos y Competencias) e Full Play, em Buenos Aires, nesta sexta-feira (29).
Segundo o canal de TV argentino TN, os policiais buscaram livros contábeis e informações nos computadores sobre a comercialização de contratos de transmissão da Copa América de 2016, nos EUA, e também dos torneios em 2019 e 2023.
Da Full Play, os policiais levaram duas caixas. Ainda não se sabe o que foi detido na Torneos. A Interpol também coletou documentos na sede da Datisa, em Montevidéu. Não foi divulgada informação oficial.
Os três empresários argentinos Alejandro Burzaco (TyC) e Hugo e Mariano Jinkis (Full Play) estão foragidos. Suas detenções foram decretadas pela Justiça argentina nesta quinta (28).
Burzaco publicou nas redes sociais, na última quarta (27) que estava em Londres e seguia para a Suíça, mas a imprensa argentina afirma, a partir de fontes não oficiais, de que ele estaria na Itália. Depois desse post, o executivo encerrou sua conta.
A TyC e a Full Play são acusadas pela Justiça dos EUA de terem ligação a um vasto esquema de corrupção de mais de US$ 100 mi dentro da Fifa nos últimos 20 anos, envolvendo fraude, extorsão e lavagem de dinheiro em negócios ligados a campeonatos na América Latina e acordos de marketing e transmissão televisiva.
Entre os dirigentes presos na Suíça, a pedido do departamento de Justiça norte-americano, está o ex-presidente da CBF José Maria Marin. O cartola dirigia a entidade até abril, quando transmitiu o cargo para Marco Polo Del Nero.
A Justiça dos EUA busca informações porque as transações envolveram instituições financeiras e patrocinadores no país.