Neymar em campo pela seleção brasileira é como Messi para a Argentina, Cristiano Ronaldo para Portugal ou Ibrahimovic para a Suécia. Protagonistas. Donos dos times. Especialmente quando os companheiros não estão à altura. Só que nesta terça (17/11), em Salvador, o ator principal do Brasil não brilhou. Sorte dele que a noite foi dos coadjuvantes.
Com Neymar mais adiantado, sem um pivô para dividir a marcação, o craque do Barcelona passou boa parte da partida contra o Peru apagado. Irritado até. Mesmo com liberdade para se movimentar, velocidade e habilidade, não conseguiu abrir espaços. Pouco finalizou. Pouco apareceu.
Mas viu Willian e, principalmente, Douglas Costa levarem o Brasil à frente. Literalmente. Foram deles as melhores chances. Sem eles, fatalmente a seleção não teria vencido o frágil time peruano por 3x0.
Uma vitória de suma importância para a classificação das Eliminatórias Sul-Americanas. E para Dunga, que vem sendo fritado. Sem esconder a apreensão. Tentando ser menos ríspido em entrevistas e até mudando escalações o tempo todo. Querendo, talvez, agradar os críticos mais poderosos.
Só que está passando do ponto. Diante do Peru, foi a quarta formação em quatro rodadas. Mudando até o esquema tático. Sem alterar a oscilação da equipe. Permanecendo dependente de jogadas individuais.
Pelo menos sabe que, apesar da crise técnica, o ainda Brasil tem jogadores que fazem a diferença. Seja ele Neymar ou seus seguidores.