A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) afirmou nesta segunda-feira (7), em comunicado, que vê como "algo natural" a decisão da Procter & Gamble (P&G) de romper o contrato de patrocínio que mantinha com a entidade, a partir da marca Gillette. O acordo teria sido encerrado sem alarde em junho, após a prisão do ex-presidente José Maria Marin.
"Movimentação de patrocinadores é algo natural, em especial no quadro de instabilidade econômica no qual vive o País. A CBF esclarece ainda que a P&G vem propondo há cerca de um ano renegociações contratuais consideradas inviáveis pela entidade e que, portanto, a descontinuidade da parceria não guarda nenhuma relação com o quadro político existente", explicou a CBF, em nota, para negar que a saída da Gillette esteja relacionada à crise política vivida pela confederação.
A marca patrocinava a CBF desde 2009 e, pelo último contrato, pagava cerca de US$ 5 milhões ao ano à entidade. A reportagem não conseguiu contato com a P&G, que é uma das signatárias do Pacto pelo Esporte, lançado em outubro em parceria com outras 19 empresas.
Os signatários do Pacto se comprometem com cláusulas que determinam que apenas as entidades que cumprirem determinados requisitos de gestão terão acesso a investimentos destas empresas.
A CBF ainda é patrocinada por Nike, Itaú, Vivo, Ambev, BRF Brasil, Chevrolet, Mastercard, Samsung, GOL Linhas Aéreas, EF Englishtown, Michelin e Ultrafarma. Dessas, a BRF (que patrocina a CBF com Sadia), a GOL, a Vivo e o Itaú são signatários do Pacto.