Inquérito indica crime maior para presos na Operação Arquibancada

Os 12 membros das torcidas organizadas devem ser enquadrados no crime de associação criminosa, que prevê penas de até quatro anos de prisão
Do JC Online
Publicado em 10/12/2015 às 9:17
Os 12 membros das torcidas organizadas devem ser enquadrados no crime de associação criminosa, que prevê penas de até quatro anos de prisão Foto: Diego Nigro/JC Imagem


Os 12 membros de torcidas organizadas presos na Operação Arquibancada, deflagrada em 28 de outubro, devem mesmo ser enquadrados no crime de associação criminosa (artigo 288 do Código Penal), que prevê penas de até quatro anos de prisão. Com quase 20 dias de atraso, o inquérito policial deve ser entregue ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) no início da semana que vem, para que a denúncia possa, enfim, ser encaminhada à Justiça.

De acordo com o delegado Paulo Moraes, da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core), que está à frente das investigações da Operação Arquibancada, o atraso para a conclusão do inquérito se deveu à espera de laudos que foram solicitados ao IML de torcedores feridos durante os confrontos entre as uniformizadas. “É só o que falta. O restante do material está devidamente anexado ao inquérito”, disse Paulo Moraes.

A Operação Arquibancada foi apresentada como uma grande ofensiva do “time do bem” contra as três principais organizadas de Pernambuco: Torcida Jovem, Inferno Coral e Fanáutico. O diferencial estaria, de acordo com o Governo do Estado, na atuação coletiva de diversos poderes (Polícia, Ministério Público e Justiça) para enquadrar os membros das uniformizadas no crime de associação criminosa. Até hoje, País afora, os integrantes dessas facções respondem por delitos de menor potencial ofensivo (como lesão corporal e dano ao patrimônio público), que geram apenas punições socioeducativas, como o pagamento de cestas básicas. 

Os 12 presos pela Operação Arquibancada deixaram o Cotel em 7 de novembro, data do fim do prazo da prisão temporária (10 dias). Eles se beneficiaram do fato de as investigações não terem sido concluídas.

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