O ex-presidente da Conmebol, Juan Ángel Napout, foi extraditado nesta terça-feira da Suíça para os Estados Unidos, onde será julgado por corrupção em Nova York. O dirigente foi preso em Zurique no dia 3 de dezembro, na segunda rodada de indiciamentos do Departamento de Justiça dos EUA. Ele estava na Suíça para encontros na Fifa e se hospedava no mesmo hotel onde, em maio, o ex-presidente da CBF José Maria Marin foi detido.
Napout, porém, optou por aceitar a extradição e não prolongar sua prisão na Suíça, como ocorreu com Marin e outros dirigentes, como o uruguaio Eugênio Figueredo, seu antecessor no comando da Conmebol. Em Nova York, ele vai responder por crimes de fraude e corrupção, o que lhe poderia render até 20 anos de prisão.
No indiciamento da Justiça dos EUA, Napout é citado como tendo recebido propinas para ceder os direitos de transmissão televisiva da Copa América e da Copa Libertadores em negociações com empresas de marketing esportivo.
Nesta terça, a Justiça da Suíça informou que Eduardo Li, o ex-presidente da Federação de Futebol da Costa Rica, retirou seu recurso e também aceitou sua extradição aos EUA. Ele havia sido preso no dia 27 de maio, mas recorreu em todas as instâncias possíveis seu envio para Nova York.
Nos EUA, o processo já indiciou 27 pessoas. Mas apenas um pequeno número de dirigentes já estão sendo julgados. Marin, na quarta-feira, terá sua segunda audiência diante de um juiz, enquanto seus advogados continuam no processo para garantir o dinheiro necessário para pagar por sua fiança, avaliada em US$ 15 milhões.