O advogado Michel Platini, Thibaud Ales, garantiu que seu cliente "é inocente", na saída de 9 horas de audiência perante a justiça interna da Fifa em Zurique, nesta sexta-feira (18), para defender o presidente da UEFA ameaçado de proibição vitalícia e que boicotou a audiência para protestar contra um julgamento supostamente arranjado.
"Michel Platini é inocente, como demonstramos perante os juízes, produzindo ampla evidência e testemunho escrito. Esperamos que o Comitê de Ética da Fifa faça o correto", disse D'Alès, do escritório Clifford Chance em Paris, diante de jornalistas na sede da Fifa.
O veredito é esperado para a segunda-feira, confirmou à AFP uma fonte próxima à Fifa.
Platini anunciou na quarta-feira que não iria para o referido órgão jurisdicional da Fifa, a fim de "mostrar sua profunda indignação" contra um procedimento que a ex-estrela da Juventus considera "puramente político e visa impedi-lo de se apresentar para a presidência da Fifa".
Platini é acusado de ter recebido 1,8 milhões de euros em 2011 de Joseph Blatter, então presidente da Fifa, por um trabalho de conselheiro concluído em 2002, sem um contrato escrito.
O francês de 60 anos sempre afirma ser idôneo, refutando qualquer suspeita de corrupção e sugerindo um salário com base em um contrato oral. A justiça suíça reconhece esse tipo de contrato.
Blatter, suspenso provisoriamente até 5 de janeiro, como Platini, também é visado por um contrato de direitos de televisão supostamente desleal à Fifa. Diferentemente de Platini, Blatter se apresentou pessoalmente na quinta-feira diante dos juízes da Fifa onde foi interrogado por 8 horas.