Em uma frase, o que aconteceu na Arena Pernambuco: o Uruguai tem técnico e o Brasil, não.
Vou mais longe, o Uruguai tem uma organização de futebol mais inteligente que a do Brasil, que permite que um técnico permaneça uma década no cargo. Dez anos ininterruptos.
Quem se der o trabalho, pode ir contar quantos treinadores passaram pela Seleção na última década.
Assistir à coletiva de imprensa do Uruguai é uma experiência didática. Sem exceção, os periodistas uruguaios ao se referirem ao treinador Óscar Tabárez sempre começam a pergunta com “maestro”.
Mais do que uma cortesia ou reverência, um reconhecimento.
Diferente do português, maestro em espanhol não é quem rege uma orquestra – que poderia também muito bem servir como exemplo – e sim, quem ensina, o bom e velho professor.
O que ele fez com Dunga na Arena Pernambuco foi exatamente isso, dar uma lição.