A China já ameaça os tradicionais centros do futebol europeu e se transformou, em 2016, no quinto maior comprador de jogadores do mundo. Dados apresentados pela Fifa sobre o mercado de transferências revelam que o dinheiro gasto pela China representa "um crescimento sem precedentes" na economia do esporte mais popular do planeta.
De acordo com o estudo, pela primeira vez o número de transferências de jogadores superou a marca de 14 mil em 2016. No total, clubes gastaram US$ 4,8 bilhões na compra de craques, um recorde.
Mas é a situação da China que chacoalhou os mercados, com dezenas de craques de clubes europeus migrando para Pequim e outras cidades chinesas. Em 2015, os clubes chineses haviam investido US$ 168,3 milhões na compra de direitos econômicos de jogadores no exterior. Em 2016, esse valor chegou a US$ 451,3 milhões, 344% a mais do que total contabilizado no restante da Ásia.
Pelos dados da Fifa, quem também registrou um forte aumento nos gastos foram os clubes brasileiros. Com uma alta de 140% em comparação a 2015, os times nacionais gastaram em 2016 US$ 85 milhões para se reforçarem. A alta deixou o Brasil como décimo maior investidor no mundo.
Uma vez mais, o País ainda mantém a liderança como o local de maior exportação de craques do mundo. Em 2016, foram 1,6 mil transferências envolvendo brasileiros pelo mundo, contra 922 de argentinos.
No total, as transações envolvendo atletas nascidos no Brasil movimentaram US$ 593 milhões. Mas os clubes brasileiros receberam apenas US$ 263 milhões em receitas.