Pela primeira vez em uso no futebol brasileiro, o árbitro de vídeo teve uma atuação fundamental no duelo entre Sport e Salgueiro, pelo jogo de ida da final do Campeonato Pernambucano. Ganhando até os 45 minutos da segunda etapa, o Leão tomou o gol de empate após um pênalti assinalado pelo árbitro José Woshington. Após a marcação, o árbitro solicitou o uso das imagens, o que acabou levando mais de cinco de minutos de analises. O uso da tecnologia recebeu vários elogios do técnico do Salgueiro, Evandro Guimarães. O comandante classificou como um ato de coragem o uso do assistente de vídeo no Campeonato Pernambucano. Ressaltou ainda que o futebol precisa de ética e menos malandragem.
"O que for pênalti vai ser realmente dado e o que não for, a gente não precisa. Eu falava com o pessoal do banco: 'fiquem tranquilos, nós só temos aquilo que merecemos. Deus só dá o que nós merecemos. Se foi realmente pênalti, eles vão olhar vão dar'. Foi um jogo justo. Como é que eu estou querendo que as coisas sejam éticas e direitas, se eu de maneira malandra? A Federação Pernambucana de Futebol está de parabéns, porque teve a ousadia de implantar esse sistema. Estamos precisando de ética no nosso futebol", afirmou o treinador do Carcará.
Já Samuel Xavier, lateral-esquerdo do Sport, ficou na bronca com o tempo levado para o árbitro tomar a decisão final sobre a penalidade.
"O jogo foi complicado. É o jeito que eles jogam, segurar e tentar uma bola. Acabaram conseguindo. Sobre o lance, a gente não julga se foi pênalti ou não. O problema é que demora muito. Para, vai lar, ficou parado mais de três minutos. Acaba tirando a concentração do goleiro e do batedor. Acho que não é necessário essa questão de demorar", disse o lateral Samuel Xavier.