O Monaco até tentou, mas não teve forças para furar o bloqueio da Juventus em Turim: a Velha Senhora venceu a partida de volta das semifinais da Liga dos Campeões por 2 a 0, nesta terça-feira, com mais uma atuação de gala de Daniel Alves.
Assim como no primeiro jogo no Principado, o camisa 23 da Juve chamou a responsabilidade, dando uma assistência e marrcando um golaço de voleio de fora da área para levar a equipe italiana à final da competição.
A final será disputada dia 3 de junho, em Cardiff, no País de Gales. A Juventus espera o vencedor da outra semifinal, que será decidida nesta quarta-feira, entre Atlético de Madrid e Real Madrid.
O Monaco tinha a difícil missão de reverter a derrota por 2 a 0 em casa contra a forte zaga montada por Massimiliano Allegri pela frente: a Juventus não perde em casa há mais de 50 jogos.
Além disso, tinha que superar o goleiro Buffon, que completou 150 jogos europeus de clubes e quer completar o hall de troféus em sua carreira: a Liga dos Campeões é o único título que lhe falta.
- Show de Daniel Alves -
O jogo começou com o português Leonardo Jardim precisando fazer uma substituição de última hora: Dirar sentiu dores no aquecimento e Mendy entrou em seu lugar, o que mudou a estratégia da equipe.
A mudança pegou a Juventus de surpresa e o Monaco mostrou outra cara nos primeiros minutos do jogo. O francês Mbappé assustou Buffon com uma bola na trave, mas o bandeirinha marcou impedimento.
Os franceses estavam a mil por hora, marcando pressão e atacando muito, mas pouco a pouco os italianos entenderam a nova formação e começaram a encaixar a tática e equilibrar o jogo.
A primeira jogada de perigo dos italianos veio aos 21 minutos do primeiro tempo, com o argentino Gonzalo Higuaín tentando toque de cobertura, mas o camisa 9 tocou fraco e Glik salvou. Três minutos depois, Higuaín deu excelente passe para o croata Mandzukic, que tocou na saída do goleiro. Subasic fez excelente defesa com a mão esquerda.
A partir daí, a Juventus dominou o jogo, aproveitando os espaços deixados pelo desesperado time do Principado. Aos 27, Dybala deixou Pjanic na cara do gol, mas o bósnio foi bloqueado por Raggi, que deu bronca nos companheiros pedindo mais atenção.
A bronca surtiu efeito e o Monaco tentou jogadas pelo alto com perigo, mas o ímpeto durou pouco tempo. Aos 33 minutos, o brasileiro Daniel Alves recebeu pela direita e cruzou com perfeição na segunda trave. Mandzukic cabeceou, mas o também croata goleiro Subasic defendeu. A bola voltou nos pés do atacante, que bateu firme para abrir o placar.
A Velha Senhora dominava a partida, apesar de algumas chances do Monaco. Subasic fez grandes defesas em chutes de Higuaín e Dybala, mas aos 44 minutos, depois de rifar cobrança de escanteio para a entrada da área, Daniel Alves encheu o pé de primeira, num voleio sem pulo, e o camisa 1 do Monaco nada pôde fazer. Golaço do brasileiro.
- Gol de honra de Mbappé -
A segunda etapa começou com ritmo mais tranquilo, com poucas chances para os dois lados. A Juve administrava a posse de bola e esperava um erro do Monaco para ampliar, enquanto o time do Principado queria um gol de honra e parecia não acreditar na virada.
A primeira jogada de perigo dos franceses veio só aos 21 minutos, com Mbappé tocando na saída de Buffon. O camisa 1 cresceu para cima do jovem atacante e tirou com os pés. Na jogada seguinte, depois de passe do português João Moutinho, a revelação da Europa empurrou para as redes dentro da pequena área, aos 24 minutos.
Com o gol sofrido, o arqueiro italiano deixou escapar a marca de 690 minutos sem tomar gols na Liga dos Campeões, enquanto Mbappé se tornou o jogador mais jovem a fazer um gol nas semifinais da competição, com apenas 18 anos e 140 dias.
A Juventus administrou o resultado, enquanto a torcida fazia grande festa no estádio. Depois do apito final, a equipe agora espera o resultado do jogo de volta no dérbi madrilenho. Os Colchoneros precisam reverter a derrota por 3 a 0 na primeira partida no Santiago Bernabéu.
É a segunda final da Champions da Velha Senhora nos últimos três anos. Depois da derrota para o Barcelona, na final de 2015, a equipe agora pode conquistar a taça em cima de outro time espanhol, em uma espécie de revanche.
Após a derrota em Berlim, Buffon pensou que se aposentaria e nunca mais teria a chance de disputar a decisão. Agora, o eterno camisa 1 alvinegro se prepara para viajar ao País de Gales em busca do único troféu que ainda não conquistou na vitoriosa carreira.