A Justiça norte-americana estabeleceu que o ex-presidente da CBF José Maria Marin devolva "apenas" US$ 2,1 milhões (cerca de R$ 7,8 milhões) para a Fifa e a Conmebol, em uma conta que irá ainda dividir com outros ex-dirigentes também condenados por corrupção no futebol. O brasileiro já foi sentenciado a quatro anos de prisão nos Estados Unidos. Mas o valor é apenas uma fração do que as entidades esportivas queriam recuperar como supostos danos dos desvios promovidos pelo ex-mandatário da CBF.
Apenas a Conmebol estimava que deveria receber de volta US$ 93,7 milhões (aproximadamente R$ 352 milhões) dos dirigentes condenados. Disso, mais de US$ 7 milhões (algo em torno de R$ 26 milhões) teriam de vir de Marin. A Fifa, por sua vez, queria a devolução de outros US$ 28 milhões (R$ 105 milhões).
Já os procuradores norte-americanos pediam que Marin e o ex-presidente da Conmebol Juan Angel Napout restituíssem US$ 55 milhões (R$ 206 milhões) diante dos danos e prejuízos causados por conta da cobrança de propinas que eles exigiram.
Em sua decisão, porém, a Corte norte-americana estimou que a Fifa teria direito de receber apenas US$ 108 mil (R$ 405 mil), sendo que a Conmebol poderia receber US$ 783 mil (R$ 2,9 milhões). Já a Concacaf teria direito a mais US$ 1,7 milhão (R$ 6,3 milhões).
A Justiça norte-americana rejeitou grande parte dos argumentos das entidades que alegaram ter sido vítimas dos ex-dirigentes e estabeleceu que o brasileiro José Maria Marin terá de devolver apenas US$ 19,5 mil (R$ 73,2 mil) para a Fifa em salários, além de US$ 118 mil (R$ 443 mil) para a Conmebol, também em salários, num total de US$ 137 mil (R$ 514 mil). Ao lado dos demais dirigentes, Marin pagará um total de US$ 2,1 milhões.