Apito do milésimo gol de Pelé pode ser visto no Recife

Peça foi doada pelo cronista desportivo que narrou a partida em que Pelé chegou a marca histórica
JC Online
Publicado em 18/11/2019 às 15:43
Peça foi doada pelo cronista desportivo que narrou a partida em que Pelé chegou a marca histórica Foto: Fundaj/Divulgação


O apito utilizado para assinalar a penalidade que deu origem ao milésimo gol de Pelé está exposto no Museu do Homem do Nordeste (Muhne), vinculado à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). A peça integra o acervo do local desde 2008, depois de ser doada pelo cronista desportivo Jota Soares. Ele foi o narrador do jogo entre Santos e Vasco, pela Taça Roberto Gomes Pedrosa, em 19 de novembro de 1969, quando o Rei do Futebol se consagrou como o primeiro jogador a atingir a marca de 1.000 gols em partidas oficiais.

O feito completa 50 anos nesta terça-feira (19) e o público interessado em visitar a relíquia pode ir ao Muhne entre 8h30 e 17h, de terça a sexta-feira. Nos finais de semana, o horário de funcionamento é de 13h às 17h.

O apito doado pelo cronista desportivo Jota Soares integra uma intervenção expográfica do Muhne intitulada  "40 Anos 40 Peças", e deve ficar no local aproximadamente até março de 2020. 

"Lembro que em 1969 foi algo sensacional e marcante. O curioso é que o apito foi parar justamente no Muhne, doada pelo próprio árbitro. É uma das mais emblemáticas do acervo do Museu e já reúne 50 anos de história. Ele está em uma vitrine como parte da intervenção expográfica 40 Anos 40 Peças como peça de destaque. Ser responsável pela memória do milésimo gol é uma honra para o Museu", destacou o Coordenador-Geral do Museu do Homem do Nordeste, Frederico Almeida.

HISTÓRIA DA PARTIDA QUE LEVOU PELÉ AOS 1.000 GOLS

Vasco e Santos empatavam por 1x1 quando, aos 32 minutos do segundo tempo, o árbitro Manoel Amaro viu Pelé ser caçado dentro da área pelo zagueiro do time adversário, Fernando. Sem pensar duas vezes, o juiz apontou o pênalti que acabou sendo convertido em gol pelo tricampeão mundial em cima do então goleiro Andrada.

O camisa 10 do Santos se posicionou, ficou de costas, falou diversas palavras e virou novamente em direção ao gol. Batendo de chapa no canto direito do arqueiro, a bola balançou às redes exatamente aos 34 minutos, 12 segundos e nove décimos da etapa complementar. Para ser mais preciso: às 23h23 de uma quarta-feira.

Além do Maracanã lotado - presença de 65.517 torcedores -, o que chama a atenção é que, da marcação do pênalti até a cobrança de Pelé, foram dois minutos e 37 segundos. Enquanto o goleiro Andrada socava o gramado de raiva por ter tomado o gol histórico, o Rei do Futebol corria para pegar a bola de número mil.

Ele foi cercado por dezenas de profissionais de imprensa - fotógrafos, radialistas e jornalistas -, que invadiram o campo para fazer o registro. Os outros jogadores ficaram perfilados no meio do gramado a observar o grande momento. Por fim, o ex-atacante foi carregado com a bola no alto como se fosse o seu maior troféu.

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