Um dos jogadores mais indisciplinados da Série B do Campeonato Brasileiro - sendo o segundo que mais levou cartões amarelos (5) e o que mais cometeu faltas na competição (35) -, o lateral/volante Gastón Filgueira sabe que precisa "entrar na linha" para não prejudicar a equipe alvirrubra.
Com sangue porteño correndo nas veias, o uruguaio diz que o seu estilo de jogo mais firme ainda não é compreendido pela arbitragem brasileira.
"Eu tenho tentando me adaptar ao estilo de arbitragem daqui, mas a arbitragem não se adaptou ao meu estilo. Por isso estou me segurando o máximo possível, mas não posso fugir da minha característica, que é de pegada. Gosto de chegar junto, em bola dividida, mas nunca com maldade, sempre firme na bola", disse Gastón.
Como nas últimas rodadas o uruguaio tem atuado de volante, ele confessa que acaba ficando mais exposto a levar cartão atuando na nova posição. "Nesse último jogo, eu fiquei sozinho na frente da linha da zaga e, às vezes, você tem de matar um lance do jogo, pois se passar por você o adversário vai ficar na frente da linha do gol", explicou.
Gastón também ressaltou a dificuldade de segurar o cartão na lateral, quando duela com um atacante veloz. "Na lateral muitas vezes você pega um atacante de velocidade, que balança o corpo rápido, e você tem de ter cuidado para dar o bote. Então, é adaptação no jogo. Vou seguir tentando não tomar cartão, pois já estou pendurado e não quero sair do time. Pretendo dar essa sequência como titular e tenho de caprichar pra não levar esse cartão", finalizou.