Jogadores do Náutico sabem que o psicológico pode ser um inimigo

Givanildo Oliveira alerta que a preocupação dos alvirrubros tem de ser o Oeste
Filipe Farias
Publicado em 26/11/2016 às 10:48
Givanildo Oliveira alerta que a preocupação dos alvirrubros tem de ser o Oeste Foto: Foto: JC Imagem


Na partida decisiva que vale o acesso à Série A, o Náutico não terá de superar somente a equipe do Oeste, mas também o próprio psicológico. Ao longo da semana mais importante para o clube no ano, todos os jogadores que concederam coletiva não esconderam a ansiedade que estão sentindo nesses dias que antecedem o confronto final da Segundona 2016.

Até mesmo o experiente técnico Givanildo Oliveira, com seis acessos no currículo e mais de 20 títulos conquistados na carreira, admitiu que também fica bastante inquieto antes de grandes confrontos. “Eu também sinto ansiedade, mesmo com tanto tempo de futebol. Se eu disser que essa partida não está mexendo comigo estaria mentindo. Está sim. Agora eu tenho de ter o equilíbrio, principalmente por ser o comandante do time”, revelou o treinador timbu.

O goleiro Julio Cesar, que busca a sua primeira conquista pelo Náutico, contou que não faz nenhuma preparação diferente para encarar uma partida mais importante. “Gosto de fazer uma semana comum como todas as outras. Apesar de a gente ter passado por uma semana decisiva, não gosto de mudar meu cronograma. Não acho que temos de ficar concentrados o tempo inteiro. O convívio com a família é bom para tirar a tensão”, contou timbu.

Para alcançar esse nível de concentração durante o jogo, Giva sabe bem o que seus comandados precisam fazer em campo. “O equilíbrio (psicológico) começa deixando os outros duelos de lado. Os jogadores não podem ficar a toda hora querendo saber dos outros resultados. No intervalo de jogo tudo bem, vão saber, mas depois disso só final. Eles têm de se ligar em vencer o Oeste, pois vamos encontrar uma equipe que vai receber muito dinheiro para vencer da gente e que é chata de jogar contra”, alertou.

SE INFORMAR

Mesmo com a orientação do comandante, Julio disse que vai dar um jeitinho de ficar sabendo do que está acontecendo nos outros jogos. “No primeiro tempo acho que não precisa saber. No intervalo é claro que vamos ficar sabendo, pois no vestiário todo mundo fala. Mas quando tiver faltando uns 20, 15 minutos, vou procurar saber. Os jogadores vão me perguntar e eu vou perguntar a vocês (imprensa) ali atrás da barra”, falou aos risos. “Mas pela reação da torcida já dá para ter uma ideia... Se tiver um gol que nos favoreça vamos perceber logo”, concluiu o goleiro.

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