Mesmo com aproveitamento superior a 70% dos pontos disputados, Givanildo Oliveira dificilmente terá seu contrato renovado para a próxima temporada com o Náutico. Mais do que ter ficado de fora do grupo que conseguiu acesso para a Série A, pesa contra o treinador o alto salário. O pernambucano recebe pouco mais do que seu antecessor, Alexandre Gallo.
Givanildo viaja hoje e retorna na quinta-feira ao Recife, quando deverá se reunir com a direção alvirrubra. “Ainda não pensamos nisso. Vamos nos reunir ainda, para depois conversarmos com o treinador”, justificou o diretor de futebol Eduardo Henriques. O dirigente não quis adiantar sua posição, nem revelar se Givanildo teria que se adequar ao mercado da Segunda Divisão, pois o salário do técnico é superior a R$ 100 mil.
Eduardo Henriques ressaltou que não há pressa, embora a direção queira montar o time para 2017 com mais tranquilidade. Diferentemente do que foi feito no início da gestão. Ele lembrou que pretende manter a base atual e que alguns jogadores já têm contrato. “Renovamos já com Maylson. E outros jogadores já têm contrato até o final de 2017, como Marco Antônio e João Ananias”, destacou. “E outros jogadores interessam. Mas ainda vamos nos reunir”, acrescentou.
Logo após a derrota para o Oeste, sábado, o treinador disse que não foi procurado pela direção Timbu. E que caberia a ela a iniciativa. Ele demonstrou interesse em seguir no clube, mesmo sabendo que a não conquista do acesso pode dificultar a negociação.
O árbitro goiano André Castro relatou a invasão de campo na Arena de Pernambuco. Descrevendo a entrada de vários torcedores no gramado, em vários pontos do estádio. Disse ainda que o zagueiro Francis, do Oeste, foi atingido por objeto jogado pela torcida do Náutico. E que o arremessador não foi identificado. O que pode pesar contra o clube num provável julgamento no STJD.
“Aos 36 minutos do segundo tempo (...) ocorreram invasões de torcedores do Náutico de vários pontos do campo, principalmente atrás da meta da equipe visitante. Eles foram em direção aos atletas da equipe do Náutico, os quais foram contidos pelo policiamento e por alguns jogadores, não sendo presenciado pela equipe de arbitragem nenhuma agressão física no campo de jogo. Em razão do fato ocorrido informo que a partida ficou paralisada por 19 minutos”, escreveu o árbitro na súmula da partida.
Pelas invasões de campo e pelos arremessos de objetos em campo, o Náutico pode perder até dez mandos de campo em competições nacionais, além de pagar multa que pode chegar a R$ 100 mil.